Prêmios da soja caindo forte hoje
Macro: A terça-feira é marcada por aversão ao risco nos mercados globais, com bolsas em queda e dólar em alta. No Brasil, a moeda chegou a R$ 5,50 pela manhã, mas reduziu os ganhos ao final da manhã. A pressão vem da disparada dos rendimentos soberanos na Europa e Japão, além das incertezas políticas nos EUA, com Trump questionando a independência do Fed. No Brasil, o PIB do 2º tri cresceu 0,4%, acima do esperado, mas mostrou forte desaceleração frente ao 1º tri, refletindo os juros elevados que travam investimentos e consumo.
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🚨 ALERTA 2: Dólar comercial reduz alta após bater R$ 5,50
CBOT
Soja: Futuros da soja e farelo recuam forte hoje na CBOT. Depois de um “short squeeze” nos vencimentos mais curtos, o mercado volta a focar na oferta de farelo nos EUA, que deve aumentar com a retomada da produção das crushers e a entrada da nova safra. A ausência da China segue implicando em um fraco programa de exportação americano. Além disso, o ambiente externo pesa: bolsas em queda nos EUA e China, tensões geopolíticas e fortalecimento do dólar frente ao iuan e outras moedas emergentes. Esse movimento reduz ainda mais a competitividade dos grãos americanos no mercado global.
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🚨 ALERTA 1: Soja em forte queda em dia de aversão ao risco
Agrochina: Estoque de soja na China bate recorde
Milho e Trigo: O milho acaba recuando pressionado pela soja e o trigo. O aumento das projeções de produção das safras da Austrália e Canadá, mantem a expectativa de uma safra global recorde para o trigo. Os preços estão nas mínimas de vários anos e sem força de recuperação, diante do contexto de oferta abundante para os cereais prevista para 2025/26.
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B3
Milho: Futuros do milho operam com perdas moderadas na B3. Em agosto, o farmer selling de milho no Brasil atingiu média de 5,8 Mi t, abaixo de julho e de 2024, mas ainda o segundo melhor mês de 2025. Na última semana, o volume foi de 1,6 Mi t. Para a safrinha 2025, o FS está em 54–56%, e para 2026, em 12%, superando o ano passado. O basis elevado e os altos custos de reposição pressionam margens e ameaçam a projeção do programa de exportação.
Clima: Nos próximos dias, um novo sistema de baixa pressão deve se formar entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, reforçando o volume de precipitações principalmente na faixa de fronteira gaúcha. Esse sistema se desloca em direção ao Paraguai e contribui para a formação de um corredor de umidade, elevando o risco de chuvas mais expressivas em áreas agrícolas, o que exige atenção especial para quem está em fase de colheita de algodão.