NOAA aumenta as chances de La Niña a partir da primavera
Macro: O dólar opera com forte desvalorização nesta sexta-feira após o discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, que sinalizou possibilidade de corte de juros já em setembro. A queda no Brasil acompanhou o movimento global, com o DXY recuando 0,79% e perdas entre 0,70% e 1,30% frente a moedas emergentes. O mercado entendeu que o Fed considera a política monetária em território restritivo e avalia ajustes adiante. A mensagem foi lida como um sinal de cortes até o fim do ano. Com juros menores nos EUA, o dólar tende a perder valor globalmente.
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CBOT
Soja: A semana finaliza com os futuros da soja registrando bons ganhos na Bolsa de Chicago. A alta foi motivada pela forte valorização dos preços do óleo, em meio a incertezas em relação ao futuro das políticas de biocombustíveis nos EUA. Sobre a relação entre China-EUA, os sinais são bem contraditórios. Um novo encontro entre os dois países ainda vai demorar acontecer e até lá, o mercado segue acompanhando se a China vai ou não voltar a comprar soja americana. No Brasil, forte queda nos prêmios da soja essa semana.
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Milho: Nesta semana o Crop Tour da Pro Farmer trouxe boas expectativas para a produção americana de milho. A contagem das espigas mostrou rendimentos acima do ano passado para quase todos os estados avaliados. Porém, há grande variabilidade nas contagens e muitos relatos de doenças foliares no milho, especialmente em Illinois e Minessota. Apesar disso, a expectativa segue para uma safra recorde de milho nos EUA, o que deve manter o país com preços bastante agressivos na exportação para favorecer o escoamento da produção.
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B3
Milho: O milho B3 encerra com alta na variação semanal, sustentando pela apreciação do dólar frente ao real e alguns ganhos para o milho na CBOT. A colheita da safrinha de milho no Brasil já alcança 89,3%, com volume acima de 100 milhões de toneladas, 13 milhões a mais que em 2024. Apesar disso, a comercialização segue lenta. O milho brasileiro segue pouco competitivo no mercado externo, e os produtores têm priorizado a venda da soja, que segue com margens mais atrativas.
Clima: Ao longo do final de semana, uma frente fria ganha força sobre o Paraguai, Bolívia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, chegando também ao Paraná no domingo. No início da próxima semana, a frente fria avança pela costa do Sudeste, levando instabilidades ao leste de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. Contudo, setembro começa ainda com tempo relativamente seco no interior, mas entre os dias 11 e 17 já se espera maior distribuição das chuvas sobre o Brasil central.
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