Macro: O dólar opera praticamente estável nesta tarde, após registrar forte volatilidade no começo da semana. O foco dos mercados está no simpósio de Jackson Hole, com expectativa pelo discurso de Jerome Powell amanhã, em busca de sinais sobre cortes de juros em setembro. No Brasil saem dados de arrecadação da Receita e nova pesquisa Quaest para 2026. O cenário político segue pressionado pelo impasse da Lei Magnitsky. A medida já levou ao bloqueio de um cartão americano em nome do ministro Moraes.

CÂMBIO +0.07% @ 5,47

CBOT

Soja: Os futuros do óleo sobem mais de 4% em meio às expectativas sobre a decisão de Trump a respeito das isenções às pequenas refinarias. Trump sinalizou que pode adiar a definição sobre se as grandes refinarias deverão compensar os volumes isentos. A EPA deve se pronunciar sobre parte dos 195 pedidos pendentes desde 2016, com decisões parciais e sem vitória ampla para as pequenas refinarias. Na próxima semana, também será publicada uma regra suplementar para consulta pública sobre a realocação desses volumes. A alta da soja na CBOT gera queda para os prêmios no Brz.

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🚨 ALERTA 2: Óleo de soja puxando a soja

🚨 ALERTA 3: Forte pressão sobre os prêmios da soja

Milho: O milho sobe forte acompanhando a soja. Hoje o USDA reportou vendas semanais acima do esperado para a nova temporada. O programa de exportação americano 2025/26 vai começar como o segundo maior da história, com 16,7 milhões de toneladas, apenas 1 milhão abaixo de 2021/22. Naquela safra, a força veio da China após o acordo de 2020 e a recompra de estoques, somando 12 milhões. Agora, os EUA dominam as vendas para a Ásia, tradicionalmente atendida pelo Brasil nesse período. Além disso, a Europa começa a mostrar sinais de demanda também. Continua muito difícil a vida do exportador de milho no Brasil.

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Opinião: O programa americano de exportação de milho vai começar muito forte

Trigo: Os futuros do trigo avançam em Chicago acompanhando a alta da soja e do milho. Ontem o cereal subiu por rumores de que a China poderia estar comprando trigo americano, embora sem confirmação de volumes. A possibilidade faz sentido, já que o trigo dos EUA está competitivo para a Ásia. Depois do México, a região asiática é o segundo maior destino do cereal.

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Mercados na Ásia: A China teria comprado trigo nos EUA. A soja é a próxima?

SOJA +19,25 @ 1034,25 ¢/bu
ÓLEO +2,56 @ 53,75 ¢/lb
MILHO +6,50 @386,50 ¢/bu
FARELO +4,20 @ 296,20 USD/st
TRIGO -0,62 @ 504,87 ¢/bu

B3

Milho: Futuros do milho operam em alta na B3, acompanhando a valorização do cereal na CBOT. No Brasil, mesmo com os prêmios da soja recuando e compensando parte da alta nos futuros, as margens mais atrativas da oleaginosa estão mantendo os produtores focados na comercialização da oleaginosa, deixando o milho em segundo plano. Apesar da colheita da safrinha já ter superado 100 milhões de toneladas, o mercado doméstico segue com preços firmes no spot.

• MILHO B3 SET/25 +0,60 @ 65,85 R$/saca

Clima: A partir de amanhã (22), uma nova frente fria deve levar chuvas ao Sul e ao sudoeste do Brasil, enquanto o centro do país segue sem precipitações relevantes. Apenas a faixa leste de SP e RJ, além do litoral nordestino e extremo Norte, mantêm instabilidades. Para o início de setembro, uma frente fria pode organizar chuvas isoladas em GO, MT e MG, sinalizando o retorno gradual das precipitações. Embora irregulares, essas chuvas marcam a transição para a estação úmida no Brasil central. A partir da segunda quinzena, a umidade ganha força, favorecendo o plantio da soja e beneficiando culturas perenes como café, cana e laranja.

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