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De Olho no Milho: Rápido comentário sobre o mercado brasileiro de milho

Por: Equipe Agrinvest e Dellagro
Artigo, Milho
Publicado em: 22/12/2025 16:32

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Esalq/Dellagro:

A semana é curta e a velocidade dos negócios diminuiu. Aqui na corretora, estamos acompanhando embarques e entregas e também alinhando o que pode acontecer nos próximos dias, mas entendemos que o começo do ano pode ser interessante.

Teremos um comprador que consumiu estoques e ainda tem uma entrega garantida por contratos futuros até meados de janeiro. Nesse ponto, o que chama atenção é que isso coincide com o encerramento de contrato na B3.

Por isso, uma grande alta no começo do ano pode ser descartada. O produtor pode até querer vender em um mercado que, naquele momento, ainda pode não encontrar liquidez suficiente. Esse seria o desenho mais básico para o momento.

Preços:

Campinas (SP) – Comprador R$ 69; vendedor R$ 72

Cooperativas – Comprador R$ 64; vendedor R$ 66

Milho tributado – Comprador R$ 73; vendedor R$ 75

Tradings – Indicação de compra R$ 69/70

22/12     R$  69,50          (+0,01)

19/12     R$ 69,49           (-0,01)

18/12   R$ 69,50           (+0,03)

17/12   R$ 69,47           (+0,09)

16/12   R$ 69,38           (+0,09)


COMENTÁRIO AGRIVEST

No mercado físico do Mato Grosso, ao longo da BR-163, a exportação mantém as melhores condições no spot, com bids em R$ 53 na pessoa física e R$ 57 com P/C. Já para a safra 2026, as indicações seguem mais agressivas para a janela de maio, com preços médios de R$ 52 junto às empresas de aves e suínos e às indústrias de etanol. Para julho e agosto, exportadoras começam a se posicionar a R$ 46 na pessoa física, enquanto o etanol indica R$ 49. Nas janelas mais longas, de setembro e outubro, há posições próximas de R$ 53 com P/C. Na região Leste do estado, em Querência, spot segue com maior atratividade no mercado de exportação, com negócios em dezembro ao redor de R$ 50,50 na pessoa física e R$ 52 com P/C. Para a safra 2026, o mercado interno continua ativo, com indicações de R$ 47 na pessoa física e R$ 50 com P/C para embarque em agosto.

Na última semana, o farmer selling (FS) de milho foi estimado em 1 milhão de toneladas, pouco acima da anterior (950 mil t) e em linha com a média das últimas quatro. O FS da safrinha 2025 está em 72% (vs. 83% em 2024) e o da 2026 em 19% (vs. 15%). Dada a safra maior em termos absolutos nesta temporada, o volume restante é estimado em cerca de 30 milhões de toneladas, em comparação com 15 milhões de toneladas no ano passado. Os produtores têm conseguido manter o basis no mercado interno acima do mercado internacional.

Na Argentina, o FS de milho da última semana totalizou 1,1 milhão de toneladas (55% safra 24/25 e 42% 25/26), acima das 698 mil toneladas (55% safra 24/25 e 42% 25/26) da semana anterior. O FS da safra 24/25 atinge 58,5% e safra 25/26 8,1%.

Em Sorriso (MT), a relação de troca antecipada entre milho safrinha 2026 e fertilizantes mostra comportamentos distintos. A ureia recuou para 58,8 sc/t (ainda 3,1% acima da média dos últimos quatro anos), enquanto o MAP ficou em 80,4 sc/t (4,4% acima da média histórica). Em contrapartida, o sulfato de amônio apresenta 34 sc/t (-19%), o KCl 51 sc/t (-25%) e o 20-00-20 em 45,9 sc/t (-15%), níveis mais competitivos e que configuram boas oportunidades de compra. Para a safrinha 2027, as relações de troca antecipadas ficaram em 68,5 sc/t para ureia (+20,2%), 91 sc/t para MAP (+18,2%), 39,3 sc/t para sulfato de amônio (-6,4%), 57,9 sc/t para KCl (-14,9%) e 53,9 sc/t para o 20-00-20 (-0,1%).

No Rio Grande do Sul, o plantio do milho está em 90% da área prevista, progresso de apenas 1 p.p. na semana. O cenário das lavouras é bastante heterogêneo, refletindo a irregularidade das chuvas desde a segunda quinzena de novembro. O déficit hídrico reduziu o potencial produtivo, sobretudo em áreas de sequeiro que atravessaram o período crítico entre o pré-florescimento e o início do enchimento de grãos. As chuvas recentes ajudaram a recompor a umidade do solo e favoreceram lavouras ainda em fase vegetativa, mas, nas áreas mais afetadas, as perdas já estão consolidadas. Em áreas irrigadas, os impactos foram menores. A colheita segue incipiente, restrita a áreas de autoconsumo.

Northern Logistics: Rio Madeira (Porto Velho) está em 9,28 m (15 dias atrás: 7,31 m; há um mês: 7,17 m; há um ano: 9,13 m). Rio Tapajós, em Itaituba, está em 4,17 m (15 dias atrás: 3,37 m; há um mês: 2,63 m; há um ano: 3,08 m).

Waiting time (18/12): Em Barcarena, o waiting time está em 6 dias (+1 dia em relação ao dia anterior), Paranaguá 9 dias (+3), Rio Grande 5 dias (+5), Santos 7 dias (+1), Itacoatiara 4 dias, Santarém 6 dias (+2), Imbituba zerado e Itaqui 8 dias (+3).


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