O dólar sobe com força e atinge máximas de R$ 5,41
Macro: A quinta-feira é de queda para o dólar frente ao real com a divisa americana voltando a se aproximar dos BRL 5,40. Lá fora, a forte alta das bolsas perdeu tração após o balanço fraco da Oracle reacender dúvidas sobre o ritmo e o custo dos investimentos em IA, pressionando Nasdaq e gigantes do setor. O resultado da Oracle reaviva o debate sobre valuations esticados e a sustentabilidade do ciclo de IA. No Brasil, apesar do ambiente externo negativo, a manutenção da Selic em 15% reforça o carry trade e sustenta câmbio e bolsa. Nos EUA, o Fed cortou juros, mas Powell sinalizou possível pausa, mantendo o mercado em modo de ajuste de expectativas.
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🚨 ALERTA 1: Dólar comercial abaixo de R$ 5,45
Análise Gráfica: Entendendo o mercado agrícola e financeiro
CBOT
Soja: Futuros da soja operam praticamente estáveis nesta tarde na CBOT. Hoje, o grande foco do mercado é o leilão de soja na China. O leilão teve forte demanda, com 77% das 512 mil t vendidas, volume que ficou entre os maiores da série e com forte participação de tradings multinacionais. O resultado indica que preço e condições foram atrativos, com paridade próxima ao Golfo sem o imposto adicional do fentanil, sugerindo possível mudança estrutural no controle do fluxo de importações pela Sino para cumprir o “programa Bessent”. Isso pode pressionar a competitividade do Brasil caso a China mantenha esse modelo.
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🦘Pagodinho do dia: Nhaca pela frente. Forte demanda no leilão de soja na China
Milho e Trigo: Ganhos moderados para o milho e trigo em Chicago. O mercado continua acompanhando as negociações para o fim da guerra no Mar Negro. Hoje, foi a vez de Zelensky soltar sua lista de exigências em uma tentativa de acordo. Zelensky admitiu pela primeira vez a possibilidade de um referendo nacional sobre o futuro dos territórios orientais, em meio à pressão dos EUA para que a Ucrânia aceite um plano de paz. Ele reiterou que Kiev não cederá território sem decisão democrática e que as propostas seguem em negociação, com EUA e Rússia defendendo modelos distintos para a região.
B3
Milho: A Conab trouxe hoje suas estimativas atualizadas de produção da safra 2025/26. Houve redução de pouco mais de 400 mil toneladas na safra de soja e números praticamente estáveis na safra total de milho, com projeção de uma produção de 110,46 Mi t de milho safrinha. Contudo, o mercado segue acompanhando as lavouras de verão e se de fato o atraso na semeadura e colheita de soja, trará impactos na produtividade e intenção de área do safrinha, o que, portanto, poderia refletir na redução da oferta de milho.
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Nota 1: Conab traz mudanças para a produção de soja e manutenção para o milho 2025/26
Clima: Os modelos americano e europeu seguem indicando muita chuva nos próximos 15 dias, com volumes elevados especialmente na região central do país. A nova frente fria que se forma no dia 12 traz risco de temporais no Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e interior paulista, com granizo e rajadas de vento. A segunda quinzena de dezembro será marcada por chuvas frequentes e organizadas no Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Matopiba, favorecidas pelo enfraquecimento da La Niña e pelo aquecimento do Atlântico. O padrão reforça condições muito favoráveis e abre espaço para uma safra de soja possivelmente acima de 175 milhões de toneladas, embora excesso de chuva em fevereiro possa apertar a janela do milho safrinha. O risco dominante do verão passa a ser o excesso hídrico, não a falta de chuva.
