China comprou soja US
A administração Trump avalia adiar por um a dois anos os cortes previstos nos incentivos para biocombustíveis importados. A mudança surge após forte pressão do lobby das refinarias norte-americanas, que argumentam que a redução dos créditos poderia elevar custos e restringir a oferta de combustível, risco que nenhum governo quer em um ano eleitoral.
A proposta original de redução, faz parte da agenda energética "America First", e propõe uma redução pela metade para os créditos de renováveis para biocombustíveis importados já a partir de 1º de janeiro, favorecendo a produção doméstica. No entanto, o plano agora pode ser empurrado para 2027 ou 2028.
O adiamento agrada refinarias, inclusive as já expostas ao mercado de biodiesel, mas tende a frustrar produtores rurais e fabricantes de biocombustíveis, especialmente aqueles dependentes das políticas de incentivo.
No curto prazo, a possível postergação mantém a competitividade dos biocombustíveis importados e reduz a pressão imediata sobre o mandato de mistura movimento que adiciona viés baixista ao óleo de soja, já que menor restrição regulatória implica potencial menor demanda por matéria-prima doméstica.