Soja em forte alta nesta 2ª-feira na CBOT
Macro: O dólar recua levemente frente ao real. Nesta semana, o PPI dos EUA superou as expectativas, reforçando pressões inflacionárias pela política tarifária. O mercado mantém a precificação de corte de 25 pontos-base nos juros em setembro, mas descarta corte de 50 pontos. Antes do encontro entre Trump e Putin, que discutirá cessar-fogo na Ucrânia, Trump elevou o tom com ameaças, mas sinalizou possível cúpula tripla com Zelensky. O petróleo recua, influenciado pelo risco de sanções e pela fraqueza econômica da China.
CBOT
Soja: Os futuros da soja se recuperam nesta sexta-feira, se recuperando das perdas registradas no pregão anterior. O milho e o trigo também apresentam ganhos, sustentados pela expectativa de um acordo para o fim da guerra no Mar Negro. No Brasil, a semana foi de grande queda para os prêmios da soja no Fob e no CFR. A safra velha perdeu 25 c/b e a safra nova 10 centavos. Um mix um bom farmer selling, alta do flat price e piora das margens na China.
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Milho: Apesar da forte queda nos preços do milho após a divulgação o relatório do USDA na terça, o cereal registrou três sessões consecutivas de alta na CBOT e encerra com variação semanal praticamente estável. As vendas semanais de milho dos EUA continuam fortes. Na safra 2025/26, as vendas acumuladas já somam 13 milhões de toneladas, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. O milho americano segue como o mais competitivo no mercado internacional. Apesar da força via PNW, esse corredor não atende plenamente destinos-chave como América Central, Norte da África e União Europeia, que dependem do NOLA.
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B3
Milho: Acompanhando a alta do milho em Chicago, os preços do milho registram leves ganhos na B3. Ontem, a Conab atualizou suas projeções para a safra de grãos 2024/25. A Companhia aumentou a produção total de milho, motivada pela revisão positiva da produção de milho safrinha, que está agora em 109 milhões de toneladas. Apesar disso, o consenso do mercado continua com uma estimativa de safrinha na faixa de 112-115 milhões de toneladas, diante das condições favoráveis de clima e lavouras que propiciaram uma safra cheia este ano. Apesar disso, as vendas dos produtores seguem focadas na soja, enquanto o farmer selling do milho está lento.
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Clima: O NOAA elevou a probabilidade de ocorrência de La Niña para a primavera/verão 2025/26, com chance de 47% entre outubro e dezembro, contra 43% de neutralidade. O evento deve ser fraco e breve, retornando à neutralidade no início de 2026. Mesmo assim, há risco de veranicos e estiagens localizadas no Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina entre novembro e dezembro, com chuvas melhorando a partir de janeiro. No Centro-Oeste e MATOPIBA, a previsão indica início antecipado das chuvas, mas risco de períodos secos no enchimento de grãos entre dezembro e janeiro. As temperaturas devem ser mais altas no Centro-Norte e variáveis no Sul, aumentando a demanda hídrica das lavouras.
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