A semana foi marcada por frustrações para os programas americanos de exportação
Macro: O dólar opera praticamente lateral nesta tarde, enquanto o Ibovespa tem ganhos acompanhando o movimento externo. As bolsas da Europa sobem, acompanhando Wall Street, com expectativa de corte de juros nos EUA e PMIs regionais positivos. O índice de serviços da Zona do Euro avançou a 51, maior nível desde março. Na Ásia, os mercados reagiram bem ao PMI chinês e ao otimismo global. Investidores apostam em início do afrouxamento monetário pelo Fed em setembro. No Brasil, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro gera cautela e pode afetar negociações com os EUA sobre a tarifa de 50% de Trump.
CBOT
Soja: Os futuros da soja reverteram o movimento de alta, diante da pressão do milho e boas perspectivas para o clima nas lavouras americanas. Projeções indicam possível aumento na produtividade do milho (2-3 bushels) e da soja (1-1,5), que já deve vir ajustada para cima no próximo relatório de USDA. Enquanto isso, as compras de soja pela China seguem ausentes, mantendo o ritmo do programa americano bastante lento.
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Milho e Trigo: O trigo e o milho lideram as quedas em Chicago, com o contrato dez/25 do milho perto de perder o suporte dos USD 4/bushel. A baixa também pressiona o milho na B3 e reverte os ganhos da soja nos EUA. O clima segue favorável, com calor e tempo aberto acelerando o desenvolvimento das lavouras. Chuvas dentro da normalidade são esperadas nos próximos dias. Nesse cenário, o USDA pode revisar para cima a produtividade do milho no relatório de 12 de agosto.
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B3
Milho: A desvalorização do milho em Chicago acaba puxando os preços do milho na B3, que recua mais de 1,3% no contrato nov/25 nesta tarde. A colheita do milho safrinha está perto do fim no MT e, já passou de 2/3 a nível nacional. Contudo, os embarques ainda seguem lentos. As nomeações até cresceram nos últimos dias, mas os embarques não acompanharam, mantendo pressão sobre exportadores. Os basis do milho na 163 continuam subindo, enquanto o milho do PNW está bem mais barato na Ásia.
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Clima: O clima nos EUA segue favorável, com previsão de chuvas bem distribuídas nos próximos 15 dias, período crucial para o potencial produtivo. Não há sinais de estiagens prolongadas, apenas variações normais de precipitação. Para a segunda quinzena de agosto, o padrão será ligeiramente mais seco, mas ainda positivo para o enchimento de grãos. Ondas de calor pontuais não representam risco relevante às lavouras. A safra mantém excelente perspectiva para soja, milho e algodão.
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