Mercado global de nitrogenados...
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Acabei de sair de uma reunião com uma grande multinacional, onde refletimos bastante sobre os impactos da geopolítica nos mercados. É fundamental destacar que, nos últimos anos, os principais movimentos de alta nas commodities têm sido impulsionados muito mais por fatores geopolíticos do que, necessariamente, pelos fundamentos clássicos de oferta e demanda. Esses vetores de influência passam por guerras, mudanças regulatórias — como mandatos de biocombustíveis —, legislações locais e, principalmente, pela dinâmica dos mercados de câmbio em diversas regiões do mundo.
Os futuros das bolsas de Nova York operam em leve alta nesta manhã, enquanto os preços do petróleo oscilam, em meio à percepção de que a resposta imediata do Irã ao bombardeio dos EUA sobre suas instalações nucleares dificilmente trará impactos significativos ao fluxo de petróleo no Oriente Médio. O dólar ganha força frente às principais moedas.
O contrato futuro do S&P 500 sobe 0,1%, enquanto o Brent chegou a disparar 5,7%, mas já devolve boa parte dos ganhos e opera abaixo de US$ 78 o barril. O dólar sobe 0,6% frente a uma cesta de moedas, avançando contra todos os pares do G-10, com os investidores buscando proteção diante do risco de novas pressões inflacionárias vindas do petróleo. Os juros dos Treasuries recuam levemente.
O mercado segue atento aos desdobramentos no Oriente Médio. O petróleo, que acumula alta de mais de 12% desde o início do conflito entre Israel e Irã, permanece no centro das atenções, uma vez que qualquer interrupção no Estreito de Hormuz pode provocar um novo choque nos preços de energia, reacendendo o tema inflação no radar global.
Apesar do discurso do chanceler iraniano, Abbas Araghchi que afirmou que “todas as opções estão sobre a mesa”, não há, até o momento, sinais de interrupção no fluxo físico de petróleo.“ A China, destino de 90% das exportações de petróleo iraniano se mostrou contra o fechamento, sem os recursos comerciais oriundos dessa negociação bilateral, fica difícil o financiamento do governo iraniano.