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Por: Equipe Agrinvest
Artigo, Grãos
Publicado em: 03/10/2024 14:27
Macro: O mercado segue focado na tensão entre Israel e Irã, que trouxe elevação para os preços do petróleo por mais um dia após os bombardeios em Beirute. Outro ativo que se destaca hoje é o dólar, visto como um porto seguro para investidores. A moeda americana tem valorização em relação à maioria das divisas, com exceção dos futuros do real, que apresentam ganhos frente ao dólar, impulsionados pelo fluxo externo. A atenção também está na renda fixa, com juros elevados e uma revisão positiva da Moody’s para o Brasil. Indicadores econômicos, como pedidos de auxílio-desemprego e falas de membros do Fed, adicionam volatilidade ao cenário.
CBOT
Soja: Os futuros da soja conseguiram recuperar boa parte das suas perdas registradas durante a manhã, diante do fortalecimento dos preços do óleo. A soja vinha sendo pressionada pela forte desvalorização nos preços do farelo de soja desde ontem, mas a continuidade do movimento de alta nos preços do petróleo, que puxa o óleo e soja na carona, acabaram contribuindo para uma recuperação no ativo. Além disso, as vendas de exportações de soja americana vieram acima das estimativas do mercado na parte da manhã, com o programa de exportação 24/25 ficando conseguindo ultrapassar o ritmo do ano passado para esta mesma época.
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USDA: Vendas semanais acima do esperado para todos os grãos
Milho e Trigo: A quinta-feira é de realização para o trigo em Chicago e com isso, o milho acaba sendo puxado para baixo, apesar de tentar se sustentar com a alta do petróleo. A queda do trigo é justificada por uma rodada de realização de lucros, após o cereal atingir sua máxima de quatro meses no pregão de ontem, perante as preocupações com a seca que está acometendo a região do Mar Negro. A semeadura da safra de trigo 25/26 da Rússia está sendo comprometida pela falta de chuvas e com isso, já há rumores que o governo russo pode antecipar sua política de cotas de exportação.
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B3
Milho: O milho B3 opera em leve queda nesta tarde, acompanhando o movimento em Chicago. Nos últimos dias o cereal ganhou suporte pelas preocupações vindas do cenário externo, com quebra na safra da Ucrânia, bom ritmo de vendas de exportações do milho americano, mas também, pela forte demanda interna do milho brasileiro promovido pelas usinas de etanol. Além disso, as preocupações com o clima seco na faixa central do Brasil, atrasando o plantio da soja e possivelmente do milho safrinha, também trouxeram especulação de uma possível redução na área de milho 2ª safra 2025. Por outro lado, a recente firmeza nos preços trouxe expressiva melhora na rentabilidade ao produtor, fator que juntamente com uma janela favorável de plantio, será crucial para definir sua intenção de cultivo.
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Clima: A previsão é de retorno das chuvas para a faixa central do Brasil a partir da próxima semana. Uma frente fria avançará sobre a região Sul do Brasil ao longo deste final de semana e gradualmente abrangerá o Sudeste, Centro-Oeste e Centro do país, devido ao encontro desse sistema com a zona de umidade vinda da Amazônia. Isso organizará melhor as linhas de instabilidade sobre a faixa central e MATOPIBA, fazendo com que as chuvas comecem a se tornar mais frequentes.
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