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Macro: A quarta-feira é marcada pela continuidade do movimento de aversão ao risco nas bolsas globais, iniciado na véspera. Ontem, as bolsas dos EUA caíram fortemente, especialmente o NASDAQ, que, com a queda de mais de 9% das ações da NVIDIA, foi o pior índice acionário em desempenho global. Hoje, o movimento de aversão se estende para a Europa e, ainda mais intensamente, para o Japão. Esse movimento de aversão está relacionado aos dados mais fracos da economia dos EUA, que geram preocupações sobre a velocidade da deterioração econômica.
CBOT
Soja: Os futuros da soja reverteram toda a queda do pregão da madrugada e passaram a subir ao final da manhã desta quarta-feira, ganhando suporte com a valorização dos preços do farelo de soja. Além da menor oferta e dos preços pouco atrativos do farelo na América do Sul, o mercado está atento à possível retomada das greves nas processadoras na Argentina. A disputa entre Canadá e China devido ao processo de investigação antidumping da canola também acaba refletindo no mercado da soja e seus derivados. O spread entre o farelo de colza e o farelo de soja, que alcançou quase 900 RMB por tonelada no pico do ano na China, está agora abaixo de 800 RMB. A maior oferta de soja e a possível redução na oferta de canola importada tornam o farelo de soja mais competitivo, incentivando seu uso nas rações.
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Milho e Trigo: Os futuros do trigo operam em alta por mais um dia. Desde sua mínima na terça-feira (27/08), o trigo na CBOT subiu mais de 10%, sinalizando que a baixa sazonal devido à pressão da colheita no Hemisfério Norte parece ter passado. A partir de agora, o mercado começa a se concentrar no plantio da temporada 25/26 – com os EUA e a Rússia já tendo iniciado a semeadura sob condições de calor e seca. Áreas importantes da Rússia estão com trigo sendo plantado no pó e sem expectativas de chuvas. Com isso, o trigo tem apresentado fundamentos importantes para valorização. A alta do trigo e da soja, associada ao calor no Cinturão do Milho, acabam puxando os futuros do milho para cima também.
B3
Milho: Seguindo o movimento de alta na Bolsa de Chicago, os preços do milho operam com ganhos na B3. Como resultado, o contrato para nov/24 atingiu seu maior patamar desde 14 de junho, sendo cotado acima dos R$ 65/saca. O mercado segue atento ao baixo nível dos rios Madeira e Tapajós, o que impacta a capacidade de escoamento de milho para os portos do Arco Norte. Enquanto isso, na região Sul, ontem, bons volumes de milho foram negociados no porto de São Francisco do Sul – SC, com níveis de preços que despertaram o interesse de produtores do PR, MS e GO.
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Clima: A primeira semana de setembro marca o retorno das chuvas para a região Sul do Brasil. Na quarta-feira, uma frente fria avança sobre o Rio Grande do Sul e, na quinta-feira, as chuvas se estendem para Santa Catarina, metade sul do Paraná e podem chegar a atingir o extremo sul do Mato Grosso do Sul. No entanto, os maiores volumes ficarão mais restritos à metade sul do Rio Grande do Sul.
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