Macro: A segunda-feira foi negativa para a maioria das bolsas globais, e a terça-feira tem um tom misto. As incertezas que pesam para o mercado ainda são repercussão da fala de Raphael Bostic, Presidente do FED de Atlanta, dizendo que trabalha apenas com um corte na taxa de juros em 2024. Ele foi um dos divergentes da última reunião, visto que já trabalhava com o cenário de dois cortes. Aqui no Brasil, a divulgação dos dados do IPCA pela manhã, trazem sinais de que mesmo com a Ata do Copom na semana passada, sinalizando que o BC do Brasil irá reduzir seu ritmo de corte nas taxa de juros brasileira, podemos ver um corte de 0.50 p.p. no próximo mês de junho. Com isso, temos o dólar subindo, diante da perspectiva da menor atratividade dos investimentos em renda fixa para investidores estrangeiros no Brasil, enquanto o Índice Bovespa opera com valorização.

• CÂMBIO +0,18% @ 4,982

CBOT

Soja: O dia é de queda para a soja e derivados na Bolsa de Chicago. A véspera da divulgação dos estoques trimestrais de grãos e intenção de plantio pelo produtor americano para a safra 24/25, que sai na próxima quinta-feira (28), mantém o mercado com sentimento de cautela. A queda do óleo, que passa por um dia de correção, também colabora para um cenário mais negativo. Além disso, a melhora do clima para a evolução da colheita da soja na Argentina, também acrescenta pressão sobre as cotações da soja, farelo e óleo.

Saiba mais em:

Ponto de Vista: Aperto no balanço dos óleos vegetais – parte I

Estimativas para os relatórios de intenção de plantio e estoques trimestrais – USDA

Milho e Trigo: Depois de registrar fortes ganhos na semana passada, perante as preocupações com as tensões entre Rússia e Ucrânia, o trigo em Chicago é novamente puxado para baixo. Nesta 3ª-feira, o cereal tem queda de quase 2%, perante o alívio das tensões no Mar Negro. Embora o conflito ainda esteja vigente, mas o mercado tem observado que a Rússia continua registrando bom ritmo de exportação de trigo, aliviando as preocupações com a oferta. Com a fraqueza das exportações de trigo americano e francês nesta temporada, que deve manter os estoques finais de trigo para 23/24 mais elevados que o esperado, o cereal acaba sofrendo desvalorização. Isso também gera perdas pontuais para o milho.

Saiba mais em:

 🚨 Alerta 2: Trigo em queda acentuada

• SOJA -9,00 @ 1200,25 ¢/bu
• ÓLEO -0,22 @ 48,69 ¢/lp
• MILHO -5,25 @ 432,50 ¢/bu
• TRIGO -11,00 @ 544,50 ¢/bu

B3

Milho: Com o clima favorável no Brasil no curto prazo, avanço da colheita de milho na Argentina e futuros do milho recuando na Bolsa de Chicago, os preços do milho negociado na B3 acabam sendo penalizados. No mercado interno, compradores tem dado sinais de interesse para reposições nos meses de abril e maio, alguma coisa já para o milho safrinha em julho e agosto. No entanto, há um certo descolamento entre a oferta do produtor e intenção do comprador, mantendo a dinâmica da comercialização mais fraca, especialmente para o milho 2ª safra 2024. Com a elevação recente dos preços da soja, os produtores continuam mais concentrados na comercialização da oleaginosa.

Saiba mais em:

Morning Wrap Up 26/Mar

Call Estratégico - Cenários e Estatísticas

MILHO B3 MAI/24 -1,17 @ 60,13 R$/saca

Clima: A La Niña está ganhando forças. As temperaturas das águas do Pacífico estão diminuindo gradualmente. A Costa do Pacífico nas proximidades do Equador, já mostram o resfriamento das águas se intensificando e ganhando abrangência. Neste momento, as águas frias já estão predominando sobre as águas quentes no Mar do Pacífico. Isso são sinais típicos, que a La Niña pode se desenvolver mais cedo neste ano.

Saiba mais em:

Clima: La Niña começando a dar sinais