PSF: 09_12_2024
Macro: A semana foi marcada por uma agenda pesada no mercado acionário, principalmente no exterior. O principal dado divulgado esta semana, veio dos EUA nesta quinta-feira (29). O PCE, considerado um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, teve alta 0,3% em relação a dezembro e 2,4% acima que um ano atrás. As projeções do mercado, eram justamente, que o dado ficasse 2,4% acima dos dados de janeiro de 2023. Como os dados de inflação dos EUA vieram dentro do esperado, isso acabou trazendo um tom positivo ao mercado na última sessão de fevereiro. Por aqui, apesar do Índice Bovespa ter finalizado a sessão de ontem, em queda. Na variação mensal, o IBOV teve valorização de 0,42%, se recuperando parcialmente da queda do mês de janeiro.
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CBOT
Soja: Iniciamos o mês de março com uma sessão positiva para a soja na Bolsa de Chicago. Tanto a soja, quanto os derivados de soja, estão subindo bem nesta manhã, com o mercado buscando um piso para a oleaginosa, depois de alcançar as suas mínimas de três anos no mês passado. Entre a pressão baixista que tomou conta do mercado em fevereiro, esteve: a) avanço da colheita da soja no Brasil; b) soja brasileira muito descontada na exportação, levando até mesmo os EUA comprar três navios de soja aqui no BR; c) fraca demanda da China; d) ritmo de exportação de soja dos EUA enfraquecido; e) perspectiva de aumento de área cultivada com soja nos EUA pelo USDA. Contudo, há alguns fatores altistas que podem conduzir o mercado para uma recuperação neste mês.
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Milho: O milho CBOT tenta se equilibrar entre a alta da soja e queda do trigo nesta manhã e por isso, opera praticamente estável. Na variação semanal, o cereal tem alta de 1%. Se fechar assim, seria a primeira semana de alta, após quatro semanas de queda na Bolsa de Chicago. Durante fevereiro, o milho americano foi bastante pressionado, especialmente pela perspectiva de um estoque abundante ao final da temporada 24/25 (USDA), pela forte competitividade do milho ucraniano no mercado de exportação e oferta abundante de milho nos EUA. Apesar disso, existem alguns fundamentos otimistas, ontem, as vendas de exportação de milho dos EUA vieram dentro do esperado. No acumulado da temporada 23/24, 38,11 Mi t de milho já estão comprometidas na exportação, isso parece estar em linha com a estimativas do USDA, que prevê 53,34 Mi t. Ao final de março, teremos as intenções de plantio por parte do produtor americano e isto pode dar algum sinal de reação para os preços da soja e de milho, se caso os números vierem abaixo dos dados apresentados no Fórum do USDA.
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Trigo: A semana foi de forte volatilidade para o trigo americano. No começo da semana, tivemos uma forte pressão sobre os preços, diante da grande competitividade do trigo russo no mercado de exportação, que tem retirado a demanda por trigo americano há vários meses. Contudo, preocupações com as falas de Zelensky, presidente da Ucrânia, de que o Corredor Alternativo de Grãos, não poderia continuar sem a ajuda dos EUA, causaram temores quanto a oferta de grãos do Mar Negro, fazendo o trigo subir mais de 3% em uma única sessão. Por outro lado, as condições favoráveis para o desenvolvimento do trigo 24/25 no Hemisfério Norte e uma demanda ainda enfraquecida no mercado global, fizeram os preços caírem novamente. Aqui no Brasil, o preço do trigo no mercado interno continua lateralizado, acompanhando os níveis da paridade de importação com o trigo da Argentina.
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B3
Milho: A manhã desta 6ª-feira é de preços praticamente estáveis para o milho na B3. Se o milho B3 finalizar o dia em alta hoje, teremos cortado uma série de 8 rodadas consecutivas de queda, o que levou o cereal acumular uma baixa de 12% no mês de fevereiro na Bolsa Brasileira. Desta queda, 7% ocorreu nesta última semana, com o mercado sendo fortemente pressionado pela competitividade do milho na Ucrânia na exportação, sendo enviado para a China a preços que o Brasil não consegue competir. Nas últimas semanas, o milho brasileiro operou descolado da paridade de exportação, mas com o mercado já olhando o bom ritmo de plantio e desenvolvimento do safrinha e um farmer selling bastante lento, os preços futuros precisaram ser corrigidos. Vale lembrar, que com as quedas recentes, o milho B3 agora já está bem próximo dos níveis da PPE.
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Clima: Nos próximos cinco dias, o clima fica predominantemente mais seco para a região Central do BR e chuvas moderadas para o MATOPIBA. Mas a partir do final de semana, uma nova frente fria se forma no Sul do Brasil, causando chuvas mais significativas para o PR e caminhando para a região Sudeste. A Argentina também desenvolverá outra frente fria, trazendo chuvas muito benéficas para a continuidade do desenvolvimento das lavouras.
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