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Gráficos da semana: Fretes de containers mais caros e milho na China em queda

Por: Equipe Agrinvest
Gráfico, Macro
Publicado em: 12/01/2024 08:12

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As bolsas na China continuam performando muito mal. Foi mais uma semana de queda generalizada para ações de consumo, alimentos e tecnologia. Sem estímulos mais robustos os investidores continuam muito pessimistas com o desempenho da economia.

A figura mostra o gráfico do CSI300, o principal índice acionário. Essa semana o índice renovou mínimas de três anos.

A opinião de todos os analistas é a mesma: está faltando agressividade para os planejadores. Professores falam que o governo central precisa aumentar a metra de déficit fiscal para 5% do PIB para quebrar com a espiral negativa de queda no consumo, queda na arrecadação e queda dos salários – hoje a meta é de 3% do PIB.


RISCO DE INFLAÇÃO

Fretes de containers na rota China-Europa saltaram mais de 40% em poucos dias. As duas maiores movimentadoras de containers do mundo, a MSC e a Maersk, estão retomando aos poucos a navegação pelo Canal de Suez devido aos ataques dos rebeldes do Yemen. Hoje o Reino Unido e os EUA atacaram as bases do Houthis no Yemen. O líder promete retaliações. O frete de contêiner China-Mediterrâneo subiu mais de $1000 por container para $2413 – Reuters.

Quem está preocupado com essa situação é a Europa, isso porque todas as mercadorias importadas da Ásia pesam pelo Suez e grande parte do seu petróleo importado. Como isso afetará os preços ao consumidor ainda é uma incógnita.


MILHO NA CHINA EM QUEDA

O milho na China continua caindo. Na semana o milho no spot o milho encerrou com queda de 1,55%, renovando mínima de mais de 3 anos. Para tentar segurar os preços, a Sino anunciou compra de 4 milhões de toneladas. Corretores na China falam em dois pontos:

1) o pessimismo quanto ao consumo de rações para os próximos meses. Nada mudou quanto ao cenário interno de prejuízo dos suinocultores e provável redução do número de animais. A produção de rações cresceu 4,3% no ano de 2023 até novembro. O ritmo de crescimento do abate animais das Top 3 acelerou em dezembro, mesmo com preços abaixo do custo de produção, um claro sinal de processo de desova. O que todos imaginam é que as grandes operações terão que reduzir o abate devido à forte piora da liquidez e destruição de caixa;

2) A queda do preço do milho nos leilões de compra do governo é outro ponto negativo para os preços internos. Agora a Sino anunciou a compra de 4 milhões de toneladas, mas o que ainda parece pouco dado o tamanho da safra e o consumo fraco. Esse ponto é muito importante, tendo em vista a demanda da China por milho importado – na temporada 2022-23 a China deve encerrar com um programa de 17 milhões de toneladas.


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