Macro: A sexta-feira é de continuidade ao movimento de alta nas bolsas ao redor do globo. Aqui no Brasil, o Banco Central do Brasil divulgou o resultado do IBC-Br de setembro desse ano. O indicador que é visto como uma prévia do PIB brasileiro, registrou no período uma contração marginal mensal de 0,06%, abaixo do esperado pelos analistas (+0,20%). Diante do resultado de setembro, a economia brasileira acumula crescimento 2,77% nos nove primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2022. Já no acumulado em 12 meses, a expansão em setembro foi de 2,50%, registrando a quinta desaceleração seguida nessa base de comparação. Essa desaceleração, reforça a expectativa de continuidade de queda da taxa Selic nas próximas reuniões do Copom.

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PETRÓLEO +4,03% @ 75,86 U$/barril

CÂMBIO +0,53%  @ 4,8960 

CBOT

Soja e Milho: Os futuros da soja continuam em movimento de realização na Bolsa de Chicago. Nesta sexta-feira, os vencimentos principais recuam mais de 15 centavos por bushel. As chuvas estão retornando para a região Central e Norte do Brasil, aliviando as preocupações com a safra de soja 23/24, favorecendo também a continuidade do plantio, que estava bastante atrasado até então. Os modelos climáticos apontam bons volumes de chuvas para o próximo final de semana e temperaturas mais amenas. Com a queda da soja, os futuros do milho em Chicago também recuam, mas ainda assim, acumulam ganhos moderados na variação semanal. Outro ponto que puxa a soja para baixo, é o aumento da produção de soja 23/24 da Argentina. A Bolsa de Cereales aumentou sua estimativa de área e produção da oleaginosa no país Sul-Americano.

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Trigo: Acompanhando a queda dos demais grãos, os futuros do trigo também recuam em Chicago. Essa pressão é adicionada pela falta de novidades altistas no mercado, que se mantem focado nas exportações recordes de trigo da Rússia a preços muito competitivos e do aumento das exportações da Ucrânia, que também vem ofertando o trigo a níveis muito descontados em relação aos demais players. Embora a curva dos futuros em Chicago esteja em carry, sinalizando um potencial de elevação para os contratos nos meses mais longos, devido a um aperto nos estoques globais. No curto prazo, o cereal ainda enfrenta impasses para a sua recuperação, especialmente porque os EUA continua pouco competitivo no mercado de exportação de trigo. Por outro lado, aqui no Brasil, os preços continuam em alta, diante da oferta restrita do cereal de boa qualidade para uso na moagem.

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SOJA -19,00 @1341,25 ¢/bu

ÓLEO +0,25 @ 51,86 ¢/lp

MILHO -8,00 @ 485,00 ¢/bu

TRIGO -5,60 @ 575,50 ¢/bu

MILHO B3: Depois de uma sessão de forte queda, os futuros do milho negociados na B3 operam com perdas moderadas. Contudo, na semana o cereal ainda acumula ganhos, devido ao movimento de forte alta que o cereal registrou no começo da semana. No mercado físico, os vendedores ainda se mostram restritos às ofertas, aguardando a confirmação da melhora no quadro de chuvas e continuidade do plantio da soja. Nos portos, já há relatos da dificuldade de originação do milho.

Clima: Os modelos continuam mostrando temperaturas muito mais elevadas que o normal para 10 dias. As temperaturas podem ficar até 10 °C acima da média. Os modelos também mostram que as chuvas continuarão mal distribuídas e em menor volume que o normal. A exceção é o Rio Grande do Sul com volumes acima, estado que pode receber até 250 mm a mais que o normal.

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