PSF: 15_12_2025
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados começam o dia em compasso de espera após a forte sequência recente. Wall Street consolida ganhos, com o S&P 500 perto da máxima histórica depois de três pregões de alta, enquanto os traders aguardam os últimos dados relevantes de 2025 para calibrar apostas sobre cortes de juros do Fed.
Na Europa, o viés é positivo, puxado pelo salto de 7% da Novo Nordisk, após aprovação nos EUA para a versão em pílula do Wegovy. Metais seguem firmes: ouro renova recordes mirando US$ 4.500/oz, com prata e cobre acompanhando. Treasuries estabilizam após dias de venda, o yield da T-note 10y recua para 4,15%, e o dólar segue pressionado, perto das mínimas desde outubro.
No macro, o PIB dos EUA do 3T sai hoje com atraso (efeito shutdown) e tende a ter baixo poder informacional para o momento atual. O foco fica nos dados do consumidor, após a forte queda da confiança em novembro. Ainda assim, o mercado já precifica ao menos dois cortes de juros em 2026, apoiado por inflação arrefecendo, mercado de trabalho misto e expectativa de rali sazonal de fim de ano, com ganhos sustentados por lucros resilientes e possível afrouxamento monetário.
Agenda local: o IPCA-15 de dezembro deve acelerar e reduzir ainda mais a já minoritária aposta de corte da Selic em janeiro. A produção industrial ajuda a balizar atividade. Política segue no radar: a primeira entrevista de Bolsonaro desde a prisão, com possível apoio público a Flávio, tende a manter prêmio de risco e volatilidade no mercado doméstico.
Resumo: risco-on moderado lá fora (ações firmes, dólar fraco, metais fortes), juros longos respiram; no Brasil, inflação e política ditam o humor no curto prazo.