PSF: 15_12_2025
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados globais iniciam o dia com viés positivo, caminhando para encerrar uma semana volátil em tom mais construtivo, à medida que investidores se posicionam para o tradicional rali de fim de ano.
Nos EUA, os futuros de ações avançam após o S&P 500 registrar na quinta-feira sua maior alta do mês. O Nasdaq 100 sobe apoiado pelo setor de tecnologia, com destaque para a Oracle, que avança forte no pré-mercado e ajuda a aliviar parte das preocupações sobre uma eventual correção no rali ligado à inteligência artificial. O mercado começa a entrar no período de menor liquidez típico do fim de ano, que historicamente favorece ativos de risco. Antes disso, a principal atenção recai sobre o vencimento de opções desta sexta-feira, com um volume expressivo de contratos saindo da mesa, o que pode manter a volatilidade elevada no curtíssimo prazo.
Ainda assim, o pano de fundo segue misto: de um lado, expectativa de cortes de juros pelo Fed e balanços corporativos sólidos; de outro, receios de que o rali de IA esteja esticado demais. A leitura dominante é de que o cenário segue favorável para ações, mas com necessidade de novos gatilhos para sustentar o movimento.
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão em alta moderada. O destaque foi o Nikkei, que subiu cerca de 1%, após o Banco do Japão elevar a taxa básica em 25 pontos-base, para 0,75% ao ano, o maior nível em mais de 30 anos. O movimento já era amplamente esperado, e o comunicado reforçou que novos ajustes podem ocorrer caso a economia evolua conforme o previsto. O alívio recente da inflação nos EUA também contribuiu para o tom positivo nos mercados asiáticos.
No mercado de renda fixa, os juros globais avançam após a decisão do BoJ. O yield do título japonês de 10 anos atingiu o maior patamar desde 1999, refletindo a sinalização de continuidade do ciclo de aperto monetário no país.
Nos EUA, o CPI abaixo do esperado divulgado ontem reabriu algumas apostas em novo corte de juros já em janeiro. No Brasil, declarações mais cautelosas de Galípolo ajudaram a reduzir parte da ansiedade, ao indicar que ainda não há uma decisão tomada para o próximo Copom. No campo político, Brasília encerra hoje o ano legislativo, com a votação do Orçamento de 2026 prevista para o início da tarde.
Em resumo, o mercado entra na reta final do ano com sentimento mais construtivo, mas ainda sensível a eventos pontuais, especialmente em um ambiente de liquidez mais baixa.