O dólar sobe com força e atinge máximas de R$ 5,41
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados operam em modo mais defensivo nesta manhã, com queda das bolsas e o dólar próximo das mínimas de dois meses, enquanto os investidores reduzem risco à espera do relatório de emprego dos Estados Unidos, principal dado da última semana cheia de negociações de 2025. Os futuros do S&P 500 recuam 0,3% e os do Nasdaq 100 caem 0,4%, enquanto as bolsas europeias seguem praticamente estáveis. No mercado de commodities, o petróleo Brent voltou a ficar abaixo de US$ 60 o barril pela primeira vez desde maio, o ouro devolve parte dos ganhos após cinco sessões consecutivas de alta.
O payroll dos EUA, normalmente divulgado às sextas-feiras, será conhecido hoje às 10h30, trazendo de forma conjunta os dados de outubro, atrasados pelo longo shutdown do governo, e de novembro. A expectativa é de desaceleração relevante do mercado de trabalho, com criação de cerca de 50 mil vagas em novembro e taxa de desemprego em 4,5%. Um dado fraco, que confirme a perda de tração da economia americana, tende a reforçar as apostas em novos cortes de juros pelo Fed e pode dar fôlego à retomada do rali das bolsas. Por outro lado, uma surpresa muito negativa pode aumentar a aversão ao risco no curto prazo.
Além do payroll, o mercado também monitora o CPI dos EUA, que será divulgado na quinta-feira, e ajudará a calibrar as expectativas para a trajetória da inflação e dos juros em 2026. Atualmente, o mercado trabalha majoritariamente com a hipótese de pausa no ciclo de cortes, estimada em cerca de 75% desde a última reunião do Fed, cenário que pode ser reavaliado dependendo do tom dos dados.
No Brasil, a agenda traz a ata do Copom às 8h, com expectativa de sinalizações mais dovish, o que aumentaria a probabilidade de um corte da Selic já em janeiro. No Congresso, a pauta econômica avança na reta final do ano legislativo, com destaque para a votação dos benefícios fiscais prevista para hoje na Câmara, tema relevante para a percepção fiscal e o humor dos mercados locais.