O dólar sobe com força e atinge máximas de R$ 5,41
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados internacionais iniciam a quarta-feira em leve correção, com as bolsas devolvendo parte dos ganhos recentes enquanto investidores aguardam a última decisão de juros do Federal Reserve neste ano.
Os futuros do S&P 500 recuam cerca de 0,1%, refletindo uma pausa no rali que marcou as últimas semanas, em meio a sinais econômicos ainda mistos e divergências internas no Fed sobre o ritmo de cortes em 2026. Na Europa, o Stoxx 600 opera no campo negativo e a Ásia teve desempenho misto, evidenciando um cenário de cautela global.
Nos juros, o movimento é de alta: a Treasury de 10 anos avança para 4,20%, maior patamar desde o início de setembro, em linha com a visão de que os ciclos de cortes estão mais perto do fim, o que vem pressionando os rendimentos de títulos públicos de longo prazo ao maior nível em 16 anos. Nos EUA, a leitura dos dados tem sido de desaceleração compatível com os objetivos do Fed, mas ainda insuficiente para antecipar cortes mais agressivos, com inflação acima da meta e mercado de trabalho resiliente.
No Brasil, o dia também é de expectativa elevada. Após a aprovação da dosimetria reacender apostas na presença de Tarcísio na corrida presidencial, os mercados acompanham atentamente duas decisões-chave: o Fed anuncia sua decisão às 16h e o Copom às 18h30. Lá fora, o mercado precifica cerca de 89% de chance de corte de 25 pontos-base; aqui, a Selic deve ser mantida em 15%, com o foco voltado aos comunicados, que poderão dar pistas importantes sobre a condução da política monetária em 2026.
Na entrevista coletiva logo após a decisão americana, Jerome Powell deve procurar calibrar expectativas diante de um comitê dividido, enquanto o Banco Central brasileiro tende a reforçar a postura de cautela adotada nos últimos discursos. Na agenda doméstica, o IPCA de novembro, divulgado às 9h, pode ajustar parte das apostas para janeiro e influenciar a curva de juros no curto prazo.
Clima de espera, volátil e estratégico — com o investidor buscando pista firme antes de fazer movimentos maiores. Bom pregão!