O dólar sobe com força e atinge máximas de R$ 5,41
Após o pequeno ajuste para baixo na véspera, o dólar comercial volta a operar em forte alta nesta terça-feira. Diante do movimento, se aproximou de R$ 5,50 na máxima do dia, ao bater R$ 5,4960. Agora opera um pouco abaixo desse nível.
A forte alta hoje no Brasil é descolada do movimento global da moeda norte-americana que opera próxima da estabilidade.
Novamente, a atenção do mercado está no noticiário político envolvendo a eleição presidencial em nosso país em 2026.
Na sexta-feira, o dólar comercial já havia disparado quase 3% com a confirmação da nomeação de Flávio Bolsonaro como pré-candidato a presidência. No fim de semana ele disse que poderia recuar em caso de negociação da anistia. Esse comentário trouxe queda para o dólar ontem.
Porém, ontem à noite ele informou que sua candidatura é irreversível e que vai até o fim. Além disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou também ontem à noite que apoia integralmente a candidatura de Flávio Bolsonaro, reduzindo nesse momento a sua chance de ser o candidato da direita em 2026.
A reação negativa do mercado é diante do entendimento dos investidores que Flávio tem chances remotas de derrotar Lula em 2026, enquanto Tarcísio seria um candidato bem mais competitivo e com boa chance de impedir a reeleição do presidente Lula.
O ponto crucial é que o mercado espera uma mudança de governo no que vem para uma arrumação das contas públicas em 2027. E os investidores temem que essa mudança seja bem mais difícil de ocorrer se o candidato não for Tarcísio de Freitas.
Resumindo, a alta do dólar comercial e a derrocada do Ibovespa (-1,4% hoje) é reflexo da visão do mercado de que a probabilidade de reeleição de Lula aumenta bastante se o seu concorrente direto for Flávio Bolsonaro. O problema não é o nome em si, mas sua possibilidade de derrotar o atual governo no pleito eleitoral.
