O dólar sobe com força e atinge máximas de R$ 5,41
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados iniciam o dia em tom mais construtivo após a correção da véspera, com apetite ao risco ligeiramente melhor e criptoativos estabilizando depois da forte queda recente, movimento que ajudou a reduzir a aversão global.
Nos Estados Unidos, o Fed entrou em período de silêncio antes da decisão do Fomc na próxima quarta-feira (10). Powell participou de um evento no Hoover Institution ontem à noite, mas evitou comentários sobre política monetária. No CME, as apostas em mais um corte de 25 pontos-base até o fim do ano seguem altas, em torno de 88%. O PCE de setembro, na sexta-feira, ainda pode ajustar as expectativas. Os futuros do S&P 500 sobem cerca de 0,2%, enquanto o Nasdaq avança aproximadamente 0,3%. Os mercados acionários na Europa e na Ásia também registram leves ganhos. O dólar opera estável e os Treasuries ganham fôlego após uma demanda sólida no último leilão japonês de bonds de 10 anos de 2025, movimento que reduz temporariamente o nervosismo em torno de uma possível alta de juros pelo BoJ.
A volatilidade diminuiu após um início de mês instável, período que historicamente costuma ser positivo para ações. Com o Fomc se aproximando, o foco volta a ser a sinalização futura dos juros nos EUA, e a precificação atual sugere corte praticamente certo.
No Brasil, o mercado segue desafiando o tom mais duro do BC após falas recentes de Galípolo e mantém majoritariamente a aposta em queda da Selic já em janeiro. A agenda doméstica traz como destaque a produção industrial, que deve voltar ao campo positivo em outubro. No campo político, o governo atua para tentar reduzir o clima de confronto no Congresso e evitar riscos à pauta econômica.
Agenda é leve lá fora, mas o noticiário segue direcionado para a decisão do Fed e os dados do PCE, enquanto, por aqui, o balanço político e os indicadores do setor real tendem a guiar o humor.