PSF: 27_10_2025
Macro: O dólar opera em alta nesta terça-feira, aproximando-se de R$ 5,40. A alta é sustentada por sinais divergentes do Fed sobre os juros. Enquanto, no Brasil, o BC deve manter a Selic em 15% nesta quarta-feira, reforçando o carry trade e apoiando o Ibovespa, que segue em máximas históricas aos 150 mil pontos. Na agenda econômica, saem os dados de produção industrial, e no Senado, seguem as Votações sobre o IR e medidas de compensação fiscal.
CBOT
Soja: A soja recua forte em Chicago em movimento de realização após atingir as máximas em 16 meses na sessão anterior. O mercado acompanha com cautela a ausência de confirmação das promessas de Trump sobre novas compras da China e da indefinição de um acordo comercial entre EUA e China. O Brasil segue mais competitivo no CFR China, atraindo parte da demanda. O dólar mais forte também adiciona pressão sobre as commodities, enquanto a cautela global aumenta com sinais divergentes do Fed sobre juros.
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Milho: Os futuros de milho acompanham o movimento baixista da soja. Em estimativa da Reuters, cerca de 83% da colheita já foi concluída nos EUA, ampliando a oferta no curto prazo. O mercado aguarda a retomada das publicações do USDA, que deve divulgar o próximo relatório de Oferta e Demanda em 14 de novembro. As expectativas apontam para ajustes negativos nas projeções de produtividade e produção da safra americana, refletindo os impactos do clima e de doenças nas lavouras, o que ajuda a limitar o movimento de queda.
Trigo: Os futuros de trigo chegaram às máximas desde julho no pregão noturno, contrariando a queda do milho e da soja, impulsionados por rumores de uma nova compra de trigo norte-americano pela China. Este seria o segundo carregamento de trigo branco (para ração) dentro do acordo comercial firmado na semana passada. No entanto, os preços perderam força ao longo da sessão e recuaram, acompanhando o movimento de baixa dos demais grãos.
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B3
Milho: Na B3, o milho acompanha a queda em Chicago. Apesar do câmbio em alta, a queda dos futuros limita o interesse de venda por parte dos produtores. Enquanto isso, o mercado monitora o avanço do plantio da safra verão 2025/26, que atingiu 42,8% da área nacional, acima de 2024 (42,1%), mas ligeiramente abaixo da média dos últimos cinco anos (44,5%). Investidores também aguardam a avaliação dos impactos das fortes chuvas no Paraná.
Clima: As fortes chuvas do fim de semana causaram prejuízos em lavouras de soja e trigo no Sul, especialmente no Paraná, com granizo nas regiões de Campo Mourão e Cascavel. Nos próximos dias, a instabilidade avança para o Sudeste e Centro do país, com novo alerta de tempestades no RS a partir de 7 de novembro. A primeira quinzena do mês terá chuvas irregulares, mas os volumes devem aumentar na segunda metade, consolidando o regime úmido em dezembro.
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