PSF: 13_10_2025
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados globais iniciam a semana em tom positivo, com os futuros das bolsas norte-americanas em alta. Os contratos do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançam, sinalizando continuidade do rali da semana passada, à medida que os investidores deixam de lado as preocupações com o crédito e o comércio internacional para focar na nova temporada de balanços corporativos. Tesla se destaca no pré-mercado, com expectativa elevada para o resultado do terceiro trimestre, o primeiro entre as gigantes de tecnologia, as Magnificent Seven.
O sentimento de mercado melhora após Donald Trump adotar um tom conciliador em relação à China, com nova rodada de negociações comerciais prevista para esta semana na Malásia, envolvendo o secretário do Tesouro americano Scott Bessent e o vice-premiê chinês He Lifeng. O movimento é interpretado como tentativa de Washington de reduzir o risco de uma guerra comercial de grandes proporções, que poderia abalar o crescimento global. Além disso, resultados sólidos dos grandes bancos e das instituições regionais nos EUA ajudam a dissipar temores sobre a saúde do mercado de crédito, reforçando o apetite por risco.
Na China, o dia começou com uma bateria de indicadores econômicos. O PIB do terceiro trimestre mostrou desaceleração, de 5,2% para 4,8%, sinalizando perda de fôlego da atividade. Mesmo assim, o PBoC (Banco Central da China) manteve as taxas de juros estáveis, buscando equilibrar estímulos econômicos com as tensões comerciais crescentes com os EUA.
Os investidores seguem atentos ao aguardado encontro entre Trump e Xi Jinping, previsto para o fim do mês, que pode redefinir as expectativas para o comércio global. No campo geopolítico, a nota de cautela vem do Oriente Médio, após novas violações do cessar-fogo entre Israel e Hamas.
A agenda econômica da semana é esvaziada devido ao shutdown do governo americano, que já dura 20 dias, restringindo a divulgação de alguns dados oficiais. O destaque fica para a sexta-feira, com a divulgação do IPCA-15 no Brasil e do CPI americano, que devem dar o tom para as apostas de política monetária no final de outubro.