Divórcio litigioso entre China-US
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados internacionais operam de forma cautelosa nesta manhã, enquanto os Estados Unidos seguem paralisados pelo shutdown do governo federal. Na agenda americana, o destaque fica para um breve discurso gravado de Jerome Powell sobre o papel dos bancos comunitários e para o balanço da PepsiCo, que dá o tom da temporada de resultados. Mesmo após a divulgação da ata do Fomc, que manteve o cenário de apostas firmes em novos cortes de juros, o dia ainda reserva falas de outros dirigentes do Fed que podem calibrar as expectativas.
No cenário geopolítico, Israel e Hamas chegaram a um acordo para a libertação de reféns, notícia que ajuda a reduzir parte das tensões no Oriente Médio e melhora ligeiramente o apetite por risco nas primeiras horas de negociação.
No Brasil, a agenda econômica traz como ponto central a divulgação do IPCA de setembro, que deve mostrar aceleração após a recomposição das tarifas de energia. Também sai mais um recorte da pesquisa Quaest, acompanhada de perto pelo mercado em meio à disputa eleitoral.
O ambiente político segue tenso após a derrota da Medida Provisória do IOF, interpretada como um desgaste direto do governo Lula. No Congresso, governistas acusaram Tarcísio de Freitas de articular a derrubada da proposta, enquanto analistas veem o episódio como um recado claro do mercado contra o aumento de tributos.
Ao perceber a derrota iminente, o governo ainda tentou levar a MP à votação para marcar posição e expor quem estaria “jogando contra o Brasil”. A estratégia, porém, foi interrompida por uma manobra da oposição que encerrou o tema no último dia de validade. Com a arrecadação em queda e a pressão por novas fontes de receita, volta ao radar a possibilidade de reintroduzir o IOF, hipótese admitida ontem pelo senador Randolfe Rodrigues, que disse ser “natural que o imposto volte à mesa” após a derrota no Congresso.