O mercado do milho está mudando
Macro: O dólar perdeu o suporte dos R$ 5,40 e opera abaixo deste nível nesta tarde de quinta-feira. O mercado reflete os dados do Índice de Inflação ao Consumidor, o CPI nos EUA, referente ao mês de agosto. O índice cheio apresentou variação mensal de alta de 0,4%. Já o índice núcleo veio em linha com o esperado, com alta de 0,3%. Os dados reforçam a possibilidade de queda na taxa de juros dos EUA na próxima reunião do FOMC marcada para a próxima semana.
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🚨 Alerta 1: O dólar comercial deve seguir testando o forte suporte em R$ 5,40
CBOT
Soja e Milho: Soja e milho operam em alta hoje na CBOT, dado o enfraquecimento do dólar frente a uma cesta de moedas emergentes, tornando os grãos americanos mais competitivos na exportação. Pela manhã tivemos a divulgação das vendas semanais pelo USDA. No acumulado da nova temporada, que teve início oficial no relatório de hoje do USDA, as vendas de exportação de soja estão em 9,12 milhões de toneladas, sem nenhum registro de venda para a China até o momento. Já o milho tem comprometidas 21,914 milhões de toneladas, representando 30% da projeção do USDA que é de 73,03 milhões de toneladas.
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USDA: Vendas semanais. Início da nova temporada das exportações americanas
Fertilizantes: As importações recordes de fertilizantes deixam os portos brasileiros mais carregados em 2025, impulsionadas pela entrada de produtos de menor concentração como sulfato, NP e superfosfato simples. Paranaguá recebeu 1 milhão de toneladas a mais que no ano passado. Santarém registra alta de 43% no acumulado do ano. Aratu opera com volume 20% acima de 2024. O movimento reforça a pressão logística nos principais portos do país.
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As importações recordes de fertilizantes carregam os portos brasileiros.
B3
Milho: O dia é de queda moderada para o milho na B3. O milho brasileiro segue caro nos principais destinos, como mostrado nos tenders da Coreia do Sul. A Cargill Purina comprou milho do Brasil em licitação que excluiu o produto americano por qualidade, mas na MFG o milho dos EUA venceu. A diferença foi de US$ 13/t CFR Coreia em embarques semelhantes. O custo de originação no Brasil segue acima do trade level no FOB e distante da Ásia. Para competir, o milho na BR-163 teria que valer R$ 37/saca, mas negócios no MT estão a R$ 49, tornando difícil a vida do exportador.
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Opinião: O milho brasileiro continua muito caro
Clima: A frente fria que avança pela costa da região Sudeste, já está começando a se conectar com a umidade vinda da Amazônia. Ontem houve precipitações no noroeste do MT e em RO, enquanto hoje o Sul registra temperaturas amenas sob influência polar. A configuração atmosférica indica que as chuvas devem ganhar força nas próximas semanas. O contraste com 2024 é marcante, quando havia ausência de nuvens e fumaça na Amazônia. Neste ano, a maior umidade reforça a expectativa de plantio da soja dentro da janela ideal.
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