China anuncia leilão de soja importada para essa 6ª-feira
Após registrar alta na véspera de 0,62% e fechar cotado a R$ 5,4740, o dólar comercial volta a operar em queda nessa quarta-feira, acompanhando o movimento global de depreciação da moeda norte-americana.
O dólar já havia iniciado o dia em queda modesta, acompanhando a melhora do humor no exterior, e ganhou força no movimento de baixa após o resultado do JOLTS divulgado há pouco nos EUA ter vindo abaixo do esperado.
Esse indicador mede o número de vagas de trabalho aberto e não preenchida. Referente a julho, o resultado reportado foi de 7,181 milhões ante estimativa de 7,38 milhões. O número abaixo do projetado indica enfraquecimento do mercado de trabalho na maior economia do mundo, reforçando a visão dos investidores de que há espaço para queda de juros na próxima decisão do Fed (17/set).
A expectativa de corte de juros nos EUA na decisão desse mês já havia derrubado o dólar comercial em 3,2% em agosto e o dollar IDX em 2,1% no mesmo período. E dados recentes mais fracos seguem elevando a probabilidade de cortes de juros até o final do ano.
Antes da divulgação do JOLTS, o mercado via 92% de chance de corte de juros de 0,25 p.p. em setembro. Após a divulgação desse número, a chance subiu para 98%. Já para dezembro, o mercado vê 48% de chance de dois cortes de juros de 0,25 p.p. cada, 43% de até três cortes de 0,25 p.p. cada e apenas 9% de um corte de 0,25 ponto percentual.
Juros para baixo nos EUA é dólar para baixo ao redor do globo e aqui no Brasil não é diferente.
Ademais, com a taxa de juros no Brasil em 15% ao ano (maior nível em mais de 19 anos) e expectativa de manutenção nesse patamar até o final do ano, uma queda de juros nos EUA vai aumentar ainda mais o diferencial de juros entre Brasil e EUA. O aumento do diferencial tornará ainda mais atrativo os títulos de renda fixa do nosso país para operações de carry trade (arbitragem de juros), corroborado para a valorização do Real.