Prêmios da soja caindo forte hoje
Macro: O dólar opera em leve queda nesta quinta-feira no câmbio brasileiro. Já o Ibovespa sobe mais de 1,8% nesta tarde, se aproximando do recorde histórico. O movimento reflete a reação dos investidores aos dados dos EUA. O PIB americano cresceu 3,3% no segundo trimestre, acima do esperado. Já o PCE subiu 2%, abaixo da leitura preliminar e do trimestre anterior, reforçando expectativas sobre juros e economia.
CBOT
Soja: Futuros da soja recuam pressionadas pela fraqueza do óleo. Na parte da manhã, o USDA divulgou as vendas semanais. As vendas de soja da nova temporada somaram 1,37 milhão de toneladas, acima das estimativas. Porém, o acumulado de 7,22 milhões segue bem abaixo dos anos anteriores. Os EUA ainda não venderam soja para a China, a uma semana do início da nova temporada. A China já adquiriu 16,3 milhões de toneladas para a janela SOND, 7 milhões a mais que no ano passado, porém, nenhum volume dos EUA.
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Milho: O milho opera na contramão da soja e tem ganhos na CBOT. As vendas de milho americano seguem firmes, acumulando 18,77 Mi t na nova temporada, o dobro do volume do ano passado. Ontem, MFIG realizou novo tender e novamente o milho do PNW foi o mais competitivo, enquanto a América do Sul ficou de fora por preços elevados. Apesar da vitória, a diferença de preço frente ao Brasil diminuiu. Nos EUA, os basis se fortaleceram nas últimas duas semanas. A safra cheia e a colheita prestes a começar, sustentam a competitividade americana.
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B3
Milho: O milho B3 recua nesta quinta-feira, acompanhando a leve desvalorização do dólar. O mercado monitora a política monetária do Fed, com expectativa de corte de juros em setembro. O Brasil mantém uma das maiores taxas de juros reais do mundo, atraindo fluxo de carry trade. Caso os EUA reduzam os juros, a entrada de capital estrangeiro pode fortalecer ainda mais o real. Isso encarece os grãos brasileiros na exportação, mantendo o milho pouco competitivo no mercado internacional.
Clima: Ao longo dos próximos dias, deve haver predomínio de tempo firme, com apenas algumas pancadas localizadas no Paraguai e no Mato Grosso do Sul. Entre sexta e sábado, há chance de instabilidades sobre São Paulo, sul de Minas, Triângulo Mineiro, extremo sul de Goiás e pontos do Mato Grosso do Sul. Esses episódios devem ser pontuais e de baixo volume, resultado da influência de uma frente fria que se desloca pelo Atlântico e aumenta a nebulosidade na faixa leste do país.
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