Soja em forte alta nesta 2ª-feira na CBOT
Macro: O dólar aprecia frente ao real na sessão de hoje. O movimento vem do aumento das tensões entre STF e EUA. A decisão de Flávio Dino, que condiciona bloqueios de contas à autorização prévia do Supremo, elevou os riscos de retaliação, principalmente após o debate sobre congelar ativos de empresas norte-americanas no Brasil. A aplicação da Lei Magnitsky contra ministros intensificou a instabilidade diplomática recentemente. Com o real mais fraco, os grãos brasileiros ganham competitividade, contribuindo para a pressão em Chicago.
Saiba mais em:
🚨 ALERTA 1: Dólar dispara em meio a instabilidade política
CBOT
Soja e Óleo: O óleo de soja tem forte queda hoje em Chicago, puxando a soja na carona. A queda é reflexo do petróleo, que despencou diante da expectativa de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Os EUA estariam intermediando negociações para encerrar a guerra no Mar Negro. O mercado avalia que isso pode flexibilizar sanções ao petróleo russo e derivados. Se confirmado, a oferta global de petróleo pode aumentar, pressionando também os óleos utilizados para a produção de biocombustíveis. A ausência de compras de soja americana pela China também segue no radar.
Saiba mais em:
🚨 ALERTA 2: Óleo de soja nas mínimas de três meses pressionando a soja
Comentário Reservado: O tempo está passando e nada da China comprar nos EUA. O que fazer?
Milho: O milho recua em Chicago nesta terça-feira. O mercado aguarda o Pro Farmer Crop Tour, em que scouts apontaram produtividades acima da média em Ohio e Dakota do Sul, embora o Leste do Cinturão ainda precise de chuvas para garantir altas produtividades. O USDA elevou a demanda interna por ração e etanol, mas há riscos devido a tarifas e retaliações externas. Japão e Índia aparecem como possíveis parceiros para ampliar a demanda por etanol, com projetos de mistura que podem gerar grande consumo adicional.
Saiba mais em:
Mercados na Ásia: As vendas semanais de milho nos EUA devem seguir fortes por um bom tempo
Trigo: O trigo renova suas mínimas de cinco anos novamente hoje me Chicago, perdendo o suporte dos USD 5 por bushel. O mercado está atento aos desdobramentos de um possível cessar fogo entre Rússia e Ucrânia, o que poderia reduzir as sanções comerciais aplicadas sobre a Rússia, aumentando a oferta e competitividade dos produtos do país eslavo no mercado internacional. Além disso, a demanda segue fraca enquanto a colheita de trigo no Hemisfério Norte avança.
B3
Milho: Os futuros do milho operam com variações mistas na B3, sustentados pelo dólar forte, mas pressionados pela fraqueza em Chicago. Os embarques surpreendem, com 3 milhões de toneladas já exportadas em agosto e ritmo projetado para 6 milhões, repetindo-se em setembro. Irã e Egito lideram as compras, após baixa oferta da Ucrânia no fim do seu programa. A dúvida é o intervalo de outubro a janeiro, quando o Brasil perde competitividade frente aos EUA. O Brasil deve manter vendas para Norte da África, Oriente Médio e nichos na Ásia, mas dificilmente superará 40 milhões no programa.
Saiba mais em:
Mercados na Ásia: A curva dos futuros do milho na B3 está “fletando”
Clima: As atualizações climáticas deste começo de semana indicam mudanças importantes no tempo ao longo dos próximos dias. A formação de um sistema de baixa pressão deve provocar chuvas nessas regiões, algumas acompanhadas de rajadas de vento mais fortes. Entre terça e quarta-feira, a instabilidade alcança o Rio Grande do Sul e o Paraguai, criando um corredor de umidade que pode levar chuvas mais intensas também ao sul do Mato Grosso do Sul e a áreas centrais do país.
Saiba mais em: