Soja em forte alta nesta 2ª-feira na CBOT
Resumo da Live sobre o Mercado Financeiro no Agronegócio:
Relatório USDA Surpreende: O relatório de agosto do USDA trouxe um aumento inesperado na produtividade do milho e da soja nos EUA. A produtividade do milho subiu para 188,8 bushels por acre, acima das expectativas, enquanto a soja manteve a expectativa de 53,6 bushels por acre.
Impacto nos Estoques e Preços: Apesar do aumento na produtividade, a produção total de soja nos EUA caiu devido à redução da área plantada, resultando em estoques finais apertados e alta nos preços da soja. Em contrapartida, o milho viu um aumento nos estoques globais, pressionando os preços para baixo.
Tendências de Exportação: O milho brasileiro enfrenta desafios no mercado internacional devido à competitividade do milho americano, que está mais barato. As exportações brasileiras de milho podem não atingir 45 milhões de toneladas, com um teto estimado em 43 milhões.
Cenário do Dólar: O dólar comercial caiu quase 1%, impactando as exportações. A expectativa é de que o dólar possa subir devido a questões fiscais no Brasil, mas a alta taxa de juros brasileira pode conter essa tendência.
Projeções para a Soja no Brasil: Espera-se um aumento na área plantada de soja no Brasil para 2026, com potencial de produção de 180 milhões de toneladas, dependendo das condições climáticas. No entanto, os preços em reais podem não subir significativamente devido à oferta global.
Desafios para o Milho: A produção recorde de milho nos EUA e a possível adoção de milho GMO na China podem reduzir a demanda por importações, pressionando ainda mais os preços do milho brasileiro.
Outros Mercados: O algodão viu um aumento nos preços devido à redução na produção global, enquanto o trigo enfrenta pressão de preços devido à competição com o milho e estoques globais apertados.
Esses insights destacam a complexidade e a interconexão dos mercados agrícolas globais, com fatores como produtividade, área plantada, condições climáticas e políticas comerciais influenciando diretamente os preços e as estratégias de exportação.
00:14:38
Pergunta: Se por ventura o USDA, naquela condição, reduzia a produtividade norte-americana em linha com esse histórico a partir do mês que vem que acontece, se reduziu 1%?
Resposta: A redução da produtividade norte-americana resultaria em estoques mais apertados de soja nos Estados Unidos, o que poderia sustentar os preços em Chicago.
00:20:07
Pergunta: Ô, Marcos, eu queria até te perguntar, aproveitar aí que você tocou no assunto, e que opção que nós temos, cara, porque a única coisa positiva tá sendo o prêmio mesmo, porque era pra ter subido já esse preço em dólar, e esses 20, 21 dólares aí que tá no 63 não chega pra nós nem um pouquinho, nossa senhora!
Resposta: A sugestão é vender o milho agora para dezembro, pois não há fundamentos para melhora. A estratégia é jogar com o clima e observar o ciclo de milho no Brasil.
00:26:30
Pergunta: Marques, a questão do milho das indústrias, não, essa precipitação.
Resposta: A pergunta não foi bem formulada, mas a discussão gira em torno da precificação do milho e a disponibilidade do produto em algumas regiões.
00:27:09
Pergunta: Todos os anos a gente tem tido bons resultados na venda do milho no final do ano. Você acha que no mercado inteiro não absorve, mesmo com esse estoque de passagem mais elevado?
Resposta: Em micro-regiões próximas a indústrias de etanol de milho, a precificação pode ser descolada do mercado de exportação devido às margens positivas dessas indústrias.
00:48:02
Pergunta: Não sei se já falou da possibilidade do acordo americano com a China de quadruplicar a venda de soja.
Resposta: É improvável que os Estados Unidos quadruplicarem a exportação de soja, pois não há soja suficiente no mundo para isso, nem a China tem demanda para tal quantidade.
00:50:48
Pergunta: Todo ano a gente consegue ótimos preços no final do ano pra venda de milho aqui na nossa região. Você acredita que hoje essa exposição é inviável?
Resposta: A recomendação é vender o contrato futuro de março na B3 para aproveitar o custo de carrego, já que o preço de março é significativamente mais alto que o de setembro.
Checklist Prático para Ouvintes:
Acompanhe Relatórios do USDA: Mantenha-se atualizado com os relatórios de oferta e demanda do USDA para entender as tendências de produtividade e estoques.
Monitore Preços de Chicago: Observe as flutuações nos preços de soja e milho na Bolsa de Chicago para identificar oportunidades de venda.
Avalie o Custo de Produção: Calcule seu custo de produção e compare com os preços de mercado para determinar a viabilidade de venda.
Considere Vendas Futuras: Utilize contratos futuros para travar preços e proteger-se contra volatilidades de mercado.
Analise o Mercado de Prêmios: Verifique os prêmios de exportação e considere travar prêmios elevados para garantir margens.
Gestão de Risco com Opções: Considere o uso de opções de compra (call) para se proteger contra aumentos inesperados nos preços.
Atenção ao Dólar: Monitore a taxa de câmbio e considere estratégias de hedge cambial para proteger suas receitas em reais.
Planeje o Armazenamento: Avalie a capacidade de armazenamento e o custo de carregamento para decidir sobre a venda imediata ou armazenamento.
Considere a Demanda Local: Analise a demanda local, especialmente em regiões próximas a indústrias de etanol de milho, para identificar oportunidades de venda.
Reveja Estratégias Regularmente: Reavalie suas estratégias de comercialização regularmente com base nas mudanças de mercado e nas condições climáticas.
Produtividade (bushels por acre):
Estoques Finais:
Safrinha:
Paridade de Exportação:
Spread de Jacaré:
Milho GMO (Geneticamente Modificado):
Custo e Frete (C&F):
B3 (Bolsa de Valores do Brasil):
NDF (Non-Deliverable Forward):