PSF: 30_06_2025
Macro: O dólar opera em leve queda após disparar na tarde do dia anterior, quando Trump anunciou tarifa de 50% ao Brasil. O dia 09 de julho marcou o fim da extensão das isenções tarifárias, com o início previsto para 1º de agosto. A ameaça ao Brasil foi vista como o caso mais extremo do uso de tarifas por Trump, elevando a pressão sobre o câmbio, que chegou a R$ 5,60. O mercado monitora a resposta do governo brasileiro, que promete reagir com base na lei de reciprocidade. A expectativa é de mais volatilidade para os ativos locais nos próximos dias.
Saiba mais em:
Mercados na Ásia: Tarifas sobre o Brasil. Impactos ao agro
CBOT
Soja e Milho: Futuros da soja e milho operam com pouca movimentação nesta quinta-feira. O mercado já está atuando em véspera da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA de amanhã e acompanhando ainda, os desdobramentos das cartas de Trump, lançando novas tarifas para diversos países envolvendo o Brasil. Entre os diversos itens da nossa pauta de exportação que são destinados aos EUA, estão o UCO e sebos, utilizados na produção de biodiesel. Com a redução da importação desses produtos, o óleo de soja americano pode ter crescimento na demanda e também nos preços.
Saiba mais em:
Mercados na Ásia: Se as tarifas sobre o Brasil forem para frente, vai pegar os sebos e o UCO
Trigo: Após consecutivas sessões de perdas, o trigo tem valorização na CBOT, o que ajuda a soja e o milho. As vendas de trigo e milho surpreenderam no relatório semanal do USDA, sendo positivo para o programa americano de exportação. Amanhã, teremos a divulgação do relatório mensal do USDA e é provável queda nos estoques finais de trigo dos EUA para a nova temporada, considerando que as fortes chuvas durante a colheita da safra de inverno, provocaram queda nas qualificações e rendimentos do cereal.
B3
Milho: O anúncio da tarifa de 50% de Trump sobre os produtos brasileiros, fizeram o dólar disparar na quarta-feira, puxando o milho na B3. Era esperado que esse movimento continuasse hoje, mas não aconteceu. O dólar opera em leve queda nesta tarde e o milho acaba recuando mais de 1%, com o mercado pressionado pela revisão para cima do milho safrinha pela Conab. A Companhia prevê uma produção de 105 milhões de toneladas de milho, 4 milhões acima do relatório anterior. Isso ainda está longe do consenso do mercado, que projeta uma produção na faixa de 110-115 milhões de toneladas.
Saiba mais em:
Nota 1: Conab aumenta estimativa da produção de milho safrinha
🚨 Alerta Impacto: O comprador de milho no destino continua pressionando os preços
Clima: O Sul do Brasil segue sob domínio de uma massa de ar polar que mantém o tempo seco e as temperaturas baixas. Não há previsão de chuvas significativas até o dia 20 de julho. A expectativa é que uma nova frente fria avance apenas a partir do dia 18, mas com volumes muito baixos. A chuva mais expressiva deve ocorrer por volta dos dias 22 a 23 de julho, limitada ao Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina. O Paraná, por sua vez, ainda deve registrar volumes muito reduzidos neste mês.
Saiba mais em: