Mercado global de nitrogenados...
Macro: O dólar opera em alta nesta quarta-feira no câmbio brasileiro, após dois dias de estabilidade. O cenário fiscal volta ao radar do mercado. Em uma semana considerada esvaziada no Congresso, o presidente da Câmara, Hugo Motta surpreendeu ao pautar para a sessão desta quarta-feira a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa revogar o aumento do IOF, anunciado pelo governo em maio. A medida tem potencial de impactar diretamente a arrecadação e as projeções fiscais do governo. O risco fiscal volta ao radar.
CBOT
Soja e óleo: A soja perdeu o suporte de várias médias móveis no pregão de hoje. A queda na tarde desta quarta-feira já ultrapassa os 1,5%, com o mercado avaliando a possibilidade de queda na área de milho e aumento na área de soja no relatório do USDA da próxima segunda-feira (30). Além disso, ausência da China nas compras por soja americana e incertezas quanto aos futuros dos programas dos biocombustíveis nos EUA, acabam causando pressão adicional ao ativo. No Brasil, o mercado digere o aumento da mistura do biodiesel na gasolina, algo que era esperado pelas crushers.
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🚨 ALERTA 1: Prêmios da soja mais firmes e farelo mais fraco
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Milho e Trigo: Mais um dia de forte queda para os futuros do milho e trigo na CBOT. A derrocada na soja acaba acentuando a queda, mas o que vem causando pressão aos cereais é a colheita da safra de inverno nos EUA. O trigo está enfrentando fortes chuvas na fase final de maturação e colheita, deteriorando a qualidade do grão. Boa parte será destinada para uso em ração, competindo com o milho e farelo de soja. O avanço da colheita no Black Sea e a agressividade do trigo russo na exportação também está no radar.
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B3
Milho: Após dois dias tentando se manter firme, o milho recua na B3. A pressão vem pelo cenário externo, diante da forte desvalorização da soja e milho na CBOT. Por aqui, os preços do milho estão mais firmes em algumas praças no spot, dado o atraso da colheita do milho safrinha que alcançou um pouco mais de 11 Mi t até agora, contra um volume colhido de 25 Mi t da mesma época do ano passado. Isso pode causar atraso nos embarques de exportação e acentuar o aperto nos estoques de fábricas que estavam descobertas, aguardando preços mais atrativos para reporem seus estoques.
Clima: A quarta-feira amanheceu gelada em boa parte do Brasil, consolidando-se como o dia mais frio do ano até agora. Para quinta-feira, ainda há risco de geadas mais brandas em áreas dos Campos Gerais no Paraná, região de Ponta Grossa e até entre Curitiba e interior de Santa Catarina. Depois disso, o frio perde força e as geadas voltam a se concentrar apenas em áreas mais ao sul, como o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
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