Mercado global de nitrogenados...
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os mercados globais amanhecem em clima bem mais leve após a declaração de Donald Trump confirmando um cessar-fogo no conflito entre Israel e Irã. A sinalização de trégua derrubou os preços do petróleo e aliviou os temores sobre interrupções no transporte marítimo no Oriente Médio. As perdas se somam à forte queda de 7% registrada ontem, após uma resposta aparentemente contida de Teerã aos bombardeios dos EUA contra sua infraestrutura nuclear. O principal alívio veio do fato de o Irã não ter bloqueado, como se temia, o Estreito de Ormuz, rota crítica que escoa cerca de 30% do petróleo global.
Na Europa, o tom é positivo, refletindo a expectativa de descompressão geopolítica. Trump afirmou que o cessar-fogo “está em vigor” e que nenhuma das partes deve violá-lo, reforçando a percepção de que os 12 dias de confronto com ataques aéreos intensos terminaram. A Ásia também fechou em alta, reagindo fortemente ao anúncio feito na noite de ontem.
O movimento de apetite ao risco se reflete de forma clara em outros ativos. O dólar e o ouro operam em forte queda no mercado internacional, reforçando que o mercado global desmonta suas proteções defensivas e volta para ativos de risco. Inclusive, os futuros do nosso real sinalizam uma abertura em forte queda para o câmbio nesta terça-feira, acompanhando o movimento global de enfraquecimento do dólar.
De volta à rotina, os investidores ajustam suas apostas para os bancos centrais. Nos EUA, o destaque do dia é o depoimento de Jerome Powell na Câmara dos Representantes (11h), que pode calibrar o discurso do Fed frente à combinação de inflação, atividade e agora a redução dos riscos geopolíticos com alguns esperando que ele abra para discussões sobre antecipação no corte de juros. Por aqui, a Ata do Copom (8h) não pode vacilar na mensagem. Após o comitê ter elevado a SELIC para 15%, o mercado espera um tom suficientemente hawkish para garantir o compromisso com a âncora fiscal e o combate à inflação, especialmente após a forte desvalorização recente do real.