Mercado global de nitrogenados...
Macro: O dólar opera lateralizado nesta tarde. A terça-feira é de cautela nos mercados, à espera do CPI dos EUA, que será divulgado amanhã. A atenção também se volta à segunda rodada de negociações entre China e EUA em Londres, que, segundo autoridades americanas, têm evoluído positivamente. No Brasil, o foco está em Brasília, onde o ministro Fernando Haddad apresenta a proposta de compensação à renúncia do IOF. No campo econômico, o IPCA de maio deve mostrar desaceleração para 0,34%, influenciado por alimentos e passagens. Apesar disso, cresce a expectativa de nova alta da Selic, podendo ir a 15%.
CBOT
Soja: Futuros da soja operam com variações mistas na CBOT. Os vencimentos mais curtos operam em leve alta, à espera de novidades entre as negociações EUA-China. Por falar em China, na temporada 2024/25, o gigante asiático já comprou 100,8 Mi t de soja, com 67,5 Mi t do Brasil e 28,2 Mi t dos EUA. Contudo, com a disputa comercial entre os dois países, a China deixou de comprar soja americana, o que desacelerou fortemente o ritmo do farmer selling da soja americana nas últimas semanas. A safra nova está com um baixíssimo ritmo de vendas na exportação.
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Milho: O milho americano voltou a ficar competitivo na exportação, vencendo o Brasil em um tender na semana passada. Com isso, os vencimentos mais curtos têm ganhado suporte na CBOT, especialmente em períodos que o enfraquecimento do dólar, torna o grão americano mais competitivo. Incertezas em relação ao tamanho da safra de milho na China e perspectiva de redução na produtividade de milho safra 2025/26 dos EUA no próximo relatório do USDA, geram suporte adicional ao ativo.
Trigo: Mais um dia de queda para os futuros do trigo em Chicago. O relatório de progresso de safra do USDA trouxe melhora nas condições de lavouras do trigo por mais uma semana, gerando pressão sobre os preços. De modo geral, o mercado está precificando aumento na produção da safra global de trigo para 2025/26.
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B3
Milho: Com um dólar praticamente estável, os contratos do milho na B3 operam com poucas variações nesta terça-feira. No Brasil, a colheita do milho safrinha está atrasada devido as chuvas dos últimos dias, mas em breve vai começar a ganhar ritmo e demandar por mais disponibilidade logística. Isso pode influenciar no aumento do preço dos fretes, que vinha pressionado nas últimas semanas devido ao ritmo mais lento de farmer selling e embarque dos grãos.
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Clima: Os modelos climáticos mantêm a previsão de instabilidades sobre o centro-sul do Brasil, com chuvas expressivas no Sul e no litoral do Nordeste. Em São Paulo, volumes significativos nas últimas 12 horas já impactam áreas de cana e outras regiões do estado. Também houve registro de chuvas no Centro-Oeste, conforme indicado anteriormente. A continuidade das precipitações pode atrasar a colheita da safrinha, especialmente no Paraná e em partes do Mato Grosso. A sequência de dias chuvosos preocupa quanto ao acesso às lavouras e à qualidade do grão.
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