PSF: 05_05_2025
O dólar comercial engata a segunda sessão seguida de alta nessa terça-feira e tenta retornar o patamar acima de R$ 5,70.
O movimento de alta do dólar no Brasil acompanha a apreciação da moeda norte-americana frente as divisas de países emergentes.
A expectativa pela “super quarta” traz cautela ao mercado nesse começo de semana, como o observado ontem e hoje, com queda no preço das moedas emergentes e baixa para o mercado acionário nos EUA e Europa.
O ponto de cautela é por conta da decisão de juros nos EUA amanhã, às 15 horas (Brasília). A decisão é dada como certa com manutenção dos juros entre 4,25% e 4,50%. O foco dos investidores ficará para o tom do comunicado junto com a decisão e, principalmente, a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, às 15:30.
Dados do Payroll e ISM Serviços divulgados sexta e ontem, respectivamente, trouxe uma postura mais cautelosa por parte do mercado sobre a retomada do ciclo de queda de juros nos EUA. Antes desses indicadores, os investidores apostavam que em junho seria reiniciado o ciclo de queda, mas após esses números passou para julho.
O mercado quer saber de Powell quando ele pretende começar a reduzir os juros a fim de evitar uma forte desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo uma recessão. Se Powell sinalizar para queda de juros em breve (junho ou julho), os ativos de risco deverão voltar a performar positivamente como na semana passada. Mas se refutar a chance de queda de juros no curto prazo (próximos 3 meses), a aversão ao risco desse início de semana deverá continuar.
Por isso, todas as atenções do mercado estão voltadas nesse momento para a decisão de juros de amanhã e a fala de Powell. E enquanto não chega o dia, a cautela prevalece ao redor do globo. Muita atenção sobre a super quarta-feira!!!
Já no Brasil, o Copom deverá elevar a taxa Selic amanhã após o fechamento do mercado, com expectativa majoritária de um aperto de 0,5 ponto percentual. Mas não é descartado a chance de uma alta menor, de 0,25 ponto percentual. Quanto mais subir os juros, melhor para a moeda brasileira, pois nossos títulos de renda fixa ficarão ainda mais atrativos para operações de carry trade (arbitragem de juros).
Atualmente, a taxa Selic está em14,25%. Ainda por aqui, os investidores estarão muito atentos ao tom do comunicado do Copom para saber se seguirá subindo os juros ou não na decisão de junho. Na minha visão, a autoridade monetária do nosso país irá deixar em aberto a chance de nova alta ou não na decisão do mês que vem.