PSF: 14_04_2025
Macro: O dólar comercial recua pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, sendo negociado próximo de R$ 5,75. A desvalorização acompanha o movimento positivo das moedas emergentes. As críticas de Donald Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell — a quem chamou de “grande perdedor” — aumentaram a tensão no mercado. Trump cogita retirá-lo do cargo, embora isso vá contra a autonomia do Banco Central dos EUA. A especulação trouxe pressão adicional sobre o dólar, que já acumulava quedas significativas desde a semana passada.
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CBOT
Soja: Os futuros da soja operam em alta na CBOT, impulsionados por um dólar mais fraco e expectativa de queda na área cultivada nos EUA na temporada 2025/26. Até a semana passada, os modelos climáticos mostravam chuvas acima da média nas áreas de milho, o que poderia atrasar o plantio, forçando alguns produtores a migrarem para a soja devido a perda da janela ideal. Contudo, os modelos dessa semana reduziram este risco. Em Dalian, os futuros da soja e do farelo subiram forte, com destaque para o farelo de maio (+2,6%). Os basis do farelo no Norte da China estão nos maiores níveis desde agosto de 2023.
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Milho: O milho recua em Chicago, pressionado pela possibilidade de aceleração no ritmo do plantio nos EUA, que deve alcançar 50% nas próximas duas a três semanas, antes do ritmo do ano passado. A previsão de clima mais seco nas áreas que já estão com bom nível de umidade e chuvas nas regiões secas favorece o avanço do plantio e desenvolvimento inicial. Esse cenário retira prêmios de risco e pesa sobre os contratos futuros. No Brasil e no Paraguai, a safrinha avança bem, reforçando a percepção de boa oferta.
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B3
Milho: A forte desvalorização do dólar frente ao real, associada a queda do milho em Chicago, acaba puxando os preços futuros do milho para baixo na B3. Além disso, o ritmo de comercialização está mais fraco nos últimos dias, devido ao feriado prolongado no Brasil. O clima continua favorável para o desenvolvimento do milho segunda safra, com boas projeções de rendimento, o que pode levar a uma produção facilmente acima das 100 milhões de toneladas.
Clima: A previsão aponta a chegada de uma nova massa de ar polar no início da próxima semana, intensificando a queda das temperaturas, mas ainda sem risco de geadas. As chuvas continuam concentradas no Norte e parte do Centro-Oeste, com precipitações pontuais em Rondônia, Mato Grosso, Pará e MATOPIBA. A partir do dia 24, uma frente fria avança pelo Sul, trazendo chuvas expressivas entre sexta e sábado e, na sequência, alcança o Sudeste e Centro-Oeste. Esse padrão mantém boas condições para as lavouras de segunda safra, com umidade suficiente para o enchimento de grãos.
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