PSF: 05_05_2025
Macro: A terça-feira é de alta para o dólar. O presidente dos EUA, Donald Trump tem provocado forte volatilidade nos mercados globais. Sua decisão recente de suspender tarifas para a maioria das economias impulsionou as bolsas, mas novas tarifas contra a China ainda estão em pauta. Outro fator que adiciona instabilidade é o início da temporada de balanços corporativos. Mais do que os resultados passados, os investidores aguardam as projeções futuras das empresas. O foco está em como elas planejam lidar com os impactos das políticas comerciais de Trump.
CBOT
Soja e Milho: Futuros da soja operam em queda, pressionados pela desvalorização nos contratos de farelo. Pela manhã, as perdas foram mais acentuadas, mas a valorização nos preços do óleo de soja acabou limitando a desvalorização da oleaginosa. O governo da Argentina decidiu unificar o câmbio, medida que pode estimular o farmer selling dos grãos argentinos. Para o milho, esse efeito já começa a se confirmar, com forte crescimento nas vendas na semana passada, embora o ritmo de comercialização ainda esteja abaixo do registrado no ano passado e da média dos últimos cinco anos.
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Mercados na Ásia: Prêmios da soja e do milho em queda
Artigo: Atenção ao farmer selling na Argentina
Trigo: O trigo voltou a recuar na CBOT nesta terça-feira. O relatório do USDA trouxe condições dentro do esperado para o trigo de inverno, com 47% das lavouras em boas ou excelentes condições. O plantio do trigo de primavera avançou bem, com 7% da área já semeada, em linha com a média de cinco anos. A previsão de clima favorável nos EUA e Rússia reduz preocupações com perdas na safra 2025/26. Além disso, o possível avanço no farmer selling argentino e o cenário incerto das tarifas de Trump seguem pressionando os preços.
B3
Milho: O milho apresenta um dia de variações mistas na B3, após forte valorização na semana passada que impulsionou o farmer selling a 1,5 milhão de toneladas — melhor semana do ano. A comercialização da safrinha 2025 já está acima de 25%, acima dos 21% do ciclo anterior. No físico, os preços recuaram em Mato Grosso com a queda do dólar; em Sorriso, o milho caiu para R$ 51,50–52/sc com pagamento em setembro. Em Goiás, exportadores ofertaram R$ 58 por saca na 2ª-feira, mas produtores seguem pedindo acima de R$ 60. Na Argentina, as vendas também cresceram, com tendência de aceleração após o fim do dólar blend.
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Clima: A segunda quinzena de abril começou com expectativas positivas para o desenvolvimento do milho safrinha. Os modelos climáticos GFS e EC apontam para chuvas bem distribuídas nos próximos 15 dias. Até o dia 19, os volumes serão mais expressivos na faixa central do país. Após essa data, a entrada de uma massa de ar polar reduz as chuvas no Sul, mas a umidade persiste nas demais regiões. A previsão é de que abril termine com bons acumulados no Centro-Oeste, Sudeste, Norte e MATOPIBA.
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