PSF: 05_05_2025
Macro: A sexta é de baixa para o câmbio, com a divisa voltando a operar abaixo dos R$5,75. Ao longo da semana, o mercado acompanhou de perto as tensões tarifárias globais e os dados de inflação dos EUA (CPI) e Brasil (IPCA). Hoje, o foco recaiu sobre a China, a dívida pública brasileira e a confiança do consumidor norte-americano. Para estimular o consumo, o governo chinês orientou bancos a incentivarem o uso de crédito, em um momento de preocupação com a economia e sinais de deflação. Nos EUA, a confiança do consumidor caiu em março, refletindo temores sobre os impactos das tarifas de Trump na economia. No Brasil, a dívida pública bruta em janeiro surpreendeu ao recuar para 75,3% do PIB.
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CBOT
Soja: A semana foi marcada por intensa volatilidade para a soja, com oscilações entre ganhos e perdas, mas fechando em baixa no acumulado da semana. As tensões tarifárias seguem gerando incertezas para o mercado, agravadas pela entrada em vigor das tarifas de Trump sobre aço e alumínio nos EUA, que resultaram em retaliações do Canadá e da UE. Neste último pregão, a soja registra ganhos moderados na CBOT, enquanto o farelo recua após a forte alta de ontem, impulsionada pelas greves na Argentina, que já foram encerradas. No Brasil, os prêmios caminham para fechar em alta por mais uma semana.
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Milho: O milho em Chicago fechou a semana em baixa, pressionado pela perspectiva de aumento da área de plantio nos EUA, o que eleva a oferta tanto no mercado interno quanto no externo. As preocupações tarifárias também pesam sobre o mercado, com o Canadá considerando tarifas sobre o etanol dos EUA – seu maior fornecedor – e a Europa avaliando medidas sobre o milho americano.
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Trigo: Na última sessão da semana, o trigo opera em baixa, pressionado pela expectativa de aumento na área de plantio nos EUA para a próxima safra e pela possibilidade de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Donald Trump, afirmou ter tido conversas produtivas com Putin, na quinta-feira. No entanto, no acumulado da semana, o trigo registra ganhos, impulsionado ainda pela preocupação com o clima seco nas lavouras de inverno dos EUA e da região do Mar Negro. Além disso, as vendas semanais do USDA superaram as expectativas, reforçando a competitividade do trigo americano, atualmente o mais barato do mercado.
B3
Milho: Na Bolsa Brasileira, o milho opera em alta, com o contrato maio retomando o patamar de R$80/sc, após a forte queda no início da semana, que levou os preços de R$82 para R$79. Produtores seguem limitando as ofertas no mercado spot, à espera de novas valorizações, enquanto a demanda permanece firme. As previsões para abril indicam redução das chuvas e temperaturas acima da média, cenário que pode impactar o milho safrinha. Além disso, circulam rumores sobre a compra de milho brasileiro pela China, com especulações de até 10 navios, embora esse número pareça exagerado.
Clima: Após a passagem de uma frente fria, o tempo segue seco no Sul e Sudeste, com destaque para a seca em MG e BA, que preocupa produtores. No Centro-Oeste, chuvas irregulares persistem, enquanto uma nova frente fria deve trazer precipitações para PR, SC e MS a partir do dia 19. A umidade favorecerá lavouras nas regiões centrais, mas MG e BA só devem receber chuvas significativas após 20 de março.