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Por: Equipe Agrinvest
Alerta, Macro
Publicado em: 14/01/2025 10:52
O dólar comercial iniciou essa terça-feira em queda e há pouco, acelerou a baixa após a divulgação do dado do PPI (Producer Price Index) nos EUA e fala do ministro Haddad. Com a queda, o dólar se aproxima de R$ 6,05.
Referente ao mês de dezembro, a inflação ao produtor nos EUA registrou estabilidade na variação mensal para o índice núcleo – que exclui itens voláteis como alimentação e energia. Os analistas projetavam uma alta mensal de 0,3%.
Para o índice cheio foi reportado uma alta mensal de 0,2%, ante projeção de 0,4%.
O resultado abaixo do esperado, reduz o temor do mercado de que o Fed possa manter a taxa de juros dos EUA inalterada até o final do ano, o que traz pressão de baixa para o dólar ao redor do globo.
Antes da divulgação do número, a probabilidade de manutenção dos juros na maior economia do mundo segundo o Fed Watch era de 32%. Agora caiu para 27%.
Refletindo esse movimento, o dólar IDX passa cair 0,31%. Antes operava em leve baixa de 0,1%.
Agora, no exterior os investidores aguardam para amanhã a divulgação do CPI nos EUA (o IPCA do Brasil). Esse é o número mais aguardado pelo mercado nessa semana ao redor do globo e será reportado às 10:30 (horário de Brasília). Muita atenção a divulgação desse número!!!
Outro fator que contribui para a queda do dólar no Brasil é a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Há pouco ele disse que pretende votar o orçamento de 2025 mantendo a isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos.
Havia um receio que o governo poderia tentar elevar a faixa de isenção já esse ano para R$ 5 mil. Dessa forma, o impacto nas contas públicas será bastante limitado, o que ameniza momentaneamente o risco fiscal para 2025.
Porém, o governo terá que trazer um novo pacote de corte de gastos para fechar a conta desse ano. O ministério da Fazenda promete apresentar um novo pacote até março. Após a enorme frustração com o pacote anunciado em novembro, o mercado está com dois pés atrás e quer pagar para ver o que virá pela frente, o que segura o dólar acima de R$ 6,00.
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