PSF: 09_12_2024
Por: Eduardo Vanin
Artigo, Grãos
Publicado em: 20/12/2024 07:27
Destaques:
O câmbio continua “pra lá” de volátil. A volatilidade dos juros futuros está extrema, assim como o preço dos títulos, em especial as séries B e F, mais longas. O Tesouro cancelou o leilão da série F dessa semana. Sinal de: reprecificação de ativos e início de uma crise de liquidez, estilo anos 90. Exagero? Nem tanto. Na década de 90 o fluxo era predominantemente para os EUA. Duas crises na Ásia e depois a crise na Argentina. Hoje o fluxo também virou para os EUA, reforçado pela ameaça de tarifas para todos.
Ontem o câmbio abriu em alta, depois recuou um pouco. As taxas de juros, principalmente as médias, 2026 e 2027, renovaram máximas, mas depois começaram a recuar. O BC fez dois leilões à vista - não é de linha com compromisso de recompra. Foram $3 bi, não resolveu muito, fez $5 bi. Desde o dia 12 o BC já fez um total de vendas de reserva em $20 bi, sendo $13 bi à vista. O câmbio spot caiu bastante. A curva deu uma achatada.
Rápidas: Bolsas americanas em queda – o SP500 vai encerrar a semana com queda de 3,8%, maior queda desde setembro. O Congresso não conseguiu aprovar a elevação do teto do endividamento – risco de paralização do governo. Além disso, o Fed jogou água no Chopp. Falou em apenas 2 cortes de 25 pbs para 2025 – estava certo 100. A mensagem é que o dragão da inflação pode voltar a cuspir fogo; Bolsas Europa e Ásia em queda; juros dos títulos americanos de 10 anos a 4,55%, maior nível desde maio. No Brasil o BC vai colocar mais $3 bi em leilão à vista e $4 bi com compromisso de recompra – ontem vendeu $8 bi, maior montante desde 1999. IDX subindo e moedas emergentes apanhando; ouro subindo 0,45% e petróleo caindo 1% a $68,20; futuros agrícolas em Dalian em alta – destaque para a canola (a China vai tornar oficial as tarifas antidumping sobre a canola do Canadá). Clima seco na Argentina e Sul do Brasil para 15 dias. O La Niña está se fortalecendo.