PSF: 16_12_2024
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Nesta quarta-feira, Donald Trump marca seu retorno à Casa Branca, e desta vez, o cenário parece ainda mais favorável. Em sua primeira eleição, em 2016, ele venceu Hillary Clinton no número de delegados, embora tenha perdido no voto popular. Agora, Trump derrotou Kamala Harris, conquistou a maioria dos delegados e, pelo menos até o momento, também lidera no voto popular.
Além da Casa Branca, o Partido Republicano recuperou a maioria no Senado dos EUA. A legenda já detinha o controle da Câmara dos Deputados, e a Suprema Corte conta com uma maioria de juízes indicados por Trump durante seu mandato anterior. Essa “onda vermelha” pode abrir caminho para que Trump acelere suas principais promessas de campanha: corte de impostos, controle de fronteiras e aumento de tarifas sobre produtos chineses.
No mercado financeiro, as bolsas reagem positivamente, com os índices futuros dos EUA indicando uma alta superior a 2,5%. O dólar também se fortalece, valorizando-se tanto em relação a moedas de países desenvolvidos quanto emergentes. A percepção dos mercados é de que as políticas tarifárias de Trump tendem a ser inflacionárias, o que pode levar o Federal Reserve a manter os juros elevados por mais tempo, ou até mesmo a considerar novas altas. Juros altos nos Estados Unidos reforçam o valor do dólar globalmente.
Por outro lado, as commodities enfrentam um cenário diferente nesta manhã de quarta-feira. As agrícolas caem em meio ao temor de uma nova guerra comercial com a China, que poderia reduzir a demanda por produtos norte-americanos. Já o petróleo recua diante da possibilidade de Trump incentivar a produção doméstica, dada sua postura desfavorável aos biocombustíveis e aos veículos elétricos.
No Brasil, o dólar deve seguir o movimento externo e abrir em forte alta frente ao real. Além da influência internacional, o mercado interno aguarda com expectativa a resolução do pacote de corte de gastos prometido pelo governo, que ainda não apresentou detalhes nem prazo. Nesse contexto, a volatilidade dos nossos ativos deve continuar.