Farelo derretendo
O dólar comercial até que tentou nos primeiros minutos de negócios engatar um segundo dia consecutivo de queda, mas logo virou para alta e segue ganhando força, levando a ultrapassar o nível de R$ 5,65.
A forte valorização da moeda norte-americana no Brasil hoje segue o movimento global de forte queda do preço das divisas de países emergentes.
A derrocada do preço das commodities, especialmente, do petróleo (-4,55%), traz forte pressão de baixa para o valor das moedas de países emergentes, que são produtores de matérias-primas.
Como comparativo do dólar contra o pares do real no exterior, o Peso Chileno tomba 1,7%, o Peso Mexicano recua 1,6%, o Peso Colombiano cede 0,9% e o Rand da África do Sul tem baixa de 0,7% frente a moeda norte-americana.
A derrocada do preço das commodities é explicada hoje pela frustração do mercado com a falta de maiores detalhes do plano de estímulo na China e a redução das tensões no Oriente Médio.
A insatisfação com o pacote chinês pressiona negativamente o preço da commodities agrícolas e metálicas. Já a sinalização de Israel de que não pretende atacar as petrolíferas no Irã, derruba o petróleo e traz o milho na carona.
Como o Brasil é um grande produtor e exportador de commodities, a derrocada do preço das matérias-primas derruba o real, pois reduz a expectativa de fluxo comercial em moeda estrangeira para o nosso país.