CALL GROUP
Por: Eduardo Vanin
Artigo, Grãos
Publicado em: 13/08/2024 06:52
Destaques:
Fazia muito tempo que eu não via apenas 100 mil toneladas de originação de soja em um dia, somando ambas as safras. Ontem a forte queda dos futuros e do câmbio resultaram em uma paralisia de mercado. A paridade de exportação caiu mais de R$ 10,0 por saca em poucos dias. Para quem tem que vender em USD a conta é ainda pior. A maior dificuldade será para a originar soja em um cenário de forte queda dos preços e redução da lucratividade.
Falando de estoque de passagem nos EUA, o USDA está dizendo que a soja americana precisa continuar barata por muito tempo. Até agora os EUA venderam na exportação 4,5 milhões de toneladas de um total projetado de 50,3 milhões. Talvez os EUA iniciem a temporada com 8-10 milhões, isso assumindo uma rolagem de 2 milhões dessa temporada para próxima e mais quatro semanas de vendas de 1 milhão de toneladas – seria a mais baixa proporção entre total comprometido e total estimado.
Rápidas: Bolsas americanas de lado. Mercado ficará de olho nos dados de inflação no Brasil e nos EUA; na Ásia dia de alta para o Nikkei (+3,5%). Na China as Bolsas encerram em leve alta – o CSI300 está nas mínimas de fevereiro, quando o fundo de $280 bilhões começou a comprar ações em Hong Kong. O cenário de deflação continua; Petróleo em leve queda – o petróleo subiu $7 por barril em 5 pregões de olho no iminente ataque do Irã contra Israel – os EUA mandaram mais navios para o Oriente Médio; Ouro perto das máximas históricas – guerras e dólar fraco; Bitcoin caindo 0,8%; Futuros da Soja em queda – menor nível em 4 anos. Farelo em queda com o fim da greve do sindicato das processadoras na Argentina; na bolsa de Dalian os futuros agrícolas encerraram o dia em forte queda, precificando o recorde de safra de soja nos EUA. Trigo na China continua testando mínimas, colocando pressão sobre o milho no spot – nem sinal de demanda por milho importado.