Tarifas sobre a soja. O que o mercado vai treidar
Confira o movimento das bolsas e do dólar no mercado internacional, e no Brasil (às 08h30 de Brasília).
Os olhos do mercado estão atentos as falas de Jerome Powell, ontem e hoje o presidente do FED passa por uma sabatina no Congresso dos EUA.
Nas falas de ontem, Powell deu combustível para a festa dos mercados, bolsas renovando recordes históricos e o dólar caindo contra a grande maioria das moedas. Powell comentou que o mercado de trabalho vem dando sinais de arrefecimento e que a inflação, embora resiliente, já mostra também sinais de desaceleração. Os dados do mercado de trabalho na semana passada corroboram com a visão de Powell, mostrando que as empresas contratam menos. Para a inflação, o número sai amanhã, e se vier mais fraca realmente, teremos a continuidade da bonança.
O otimismo é tão elevado que o SP500, um dos principais índices dos EUA, renovou ontem o recorde histórico pela 36ª vez nesse ano de 2024, e acumula alta de 17% no ano. Quem também subiu e é a bolsa com maior valorização no ano é a bolsa japonesa, e renovou nessa madrugada recorde histórico e acumula ganhos de mais de 25% desde janeiro.
Por aqui, a véspera também foi de rally para nossos ativos, com a BOVESPA retomando a casa dos 127 mil pontos e o câmbio depois de ter atingido R$5,70 na terça feira da semana passada fechou a R$5,41 uma queda de 29 centavos em apenas sete dias. Com o silêncio do governo, e o cenário positivo lá fora, nossos ativos se recuperaram bem nos últimos dias, mas ainda somos a pior moeda em desempenho frente ao dólar com desvalorização no ano de 10,5%, e a pior bolsa do ano com queda de 5,3%, somente a BOVESPA e a bolsa chinesa têm desempenho negativo em 2024. Para hoje, além da cena externa, teremos a divulgação do IPCA, inflação ao consumidor, que se espera arrefecimento no comparativo mensal, caindo de 0,46% em maio para 0,3% em junho, mas aceleração no comparativo anual, saindo de 3,93% em maio para 4,32% em junho. O número sai às 09h00 de Brasília.