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Esalq/Dellagro:
O mercado físico de milho em São Paulo permanece estável, sem variações significativas de preços. Mesmo com especulações relacionadas ao clima e recentes altas na B3, os preços não conseguiram evoluir.
Nos últimos dias, o mercado na B3 tem apresentado movimentações expressivas de queda. Além disso, novas ofertas de tributados exercem pressão adicional no mercado. Essa dinâmica ocorre em meio a um clima de calor intenso, que gradualmente cede espaço para condições mais amenas.
Preços com indicação de compra para o milho na região de Campinas-SP a R$ 63 e ofertas na faixa de R$ 66 por saca. As ofertas FOB das cooperativas estão R$ 61 e compradores entre R$ 56-57. No mercado do milho tributado, indicações de compra a R$ 65-66 por saca, e as ofertas surgem a R$ 68, queda de 1 a 2 reais nas ofertas. Na cidade de Bastos-SP (mais próximo do MS), ofertas surgem entre R$ 64-65, compradores indicando R$ 60-62.
Idellagro (milho CIF na região de Campinas-SP, sem ICMS)
18/03 R$ 63,13 (- R$ 0,51)
15/03 R$ 63,64 (- R$ 0,01)
14/03 R$ 63,65 (+ R$ 0,02)
13/03 R$ 63,63 (+ R$ 0,07)
12/03 R$ 63,56 (+ R$ 0,47)
COMENTÁRIO AGRINVEST
A semana inicia com os futuros do milho na B3, dando continuidade ao movimento de queda iniciado na quinta-feira passada. Desde o começo de março, o milho B3 registrou consecutivas sessões de alta, ganhando suporte com a perspectiva de queda na produção do safrinha 2024 no Brasil, onda de calor na semana passada e previsão de clima mais seco para a segunda metade de abril.
Entretando, já na reta final da semana passada, os investidores passaram a ser mais vendedores na Bolsa Brasileira, perante a uma frente fria que está atingindo a região Sul do Brasil e que gradualmente, tem feito a onda de calor se dissipar e ainda trará chuvas para boa parte do país até o final de março, o que alivia as preocupações com as lavouras.
Ainda que o mês de abril e maio seja de menos chuvas, principalmente na parte Central e Centro-Oeste do Brasil, mas se as chuvas previstas para a segunda metade de março e começo de abril se confirmarem, isso ajudaria na reposição de água do solo, aliviando em partes as preocupações com os rendimentos da safrinha 2024.
Outro ponto que manteve a pressão sobre os preços do milho brasileiro, foi um mercado físico mais ofertado com as quedas recentes, farmer selling atrasado para o milho safrinha em relação aos anos anteriores, assim como, na baixa competitividade do milho brasileiro na exportação. Hoje, o milho da Argentina é mais competitivo, até mesmo nos meses de julho e agosto, período que marca a entrada da colheita da safrinha e que normalmente, o Brasil acaba sendo mais agressivo na exportação.