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Gráficos da semana: Fretes mais caros e milho barato

Por: Equipe Agrinvest
Gráfico, Macro
Publicado em: 22/12/2023 11:10

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RISCO DE INFLAÇÃO

Fretes de containers na rota China-Europa saltaram mais de 40% em poucos dias. No começo da semana as duas maiores movimentadoras de containers do mundo, a MSC e a Maersk, abandonaram a navegação pelo Canal de Suez devido aos ataques dos rebeldes do Yemen. Hoje a Hapag-LIoyd também jogou a toalha, vai começar a desviar todos os navios Ásia-Europa para o Cabo da Boa Esperança (COGH). O frete de contêiner China-Mediterrâneo subiu mais de $1000 por container para $2413 – Reuters.

Quem está preocupado com essa situação é a Europa, isso porque todas as mercadorias importadas da Ásia pesam pelo Suez e grande parte do seu petróleo importado. Como isso afetará os preços ao consumidor ainda é uma incógnita.


MILHO NA CHINA EM QUEDA

O milho na China continua caindo. Na semana o milho no spot o milho encerrou com queda de 1,7%, renovando mínima de mais de 3 anos. Corretores na China falam em dois pontos:

1) o pessimismo quanto ao consumo de rações para os próximos meses. Nada mudou quanto ao cenário interno de prejuízo dos suinocultores e provável redução do número de animais. A produção de rações cresceu 5% no ano até outubro. O ritmo de crescimento do abate animais das Top 3 vem caindo nos últimos meses, o que já mostra um início de ano mais lento para o consumo de rações. O que todos imaginam é que as grandes operações terão que reduzir o abate devido à forte piora da liquidez e destruição de caixa;

2) A queda do preço do milho nos leilões de compra do governo é outro ponto negativo para os preços internos. Aqui acabe uma reflexão, na verdade um questionamento: as importações de trigo e soja por parte das estatais está muito forte, principalmente trigo. A China já tem nos EUA 2,2 milhões de toneladas de trigo americano, ou 15% do programa. A China também vem sendo compradora agressiva de trigo no Canadá, Europa e Austrália. A China tem no Brasil mais de 15 milhões de toneladas de milho em seu nome e na soja a Sino comprou mais de 120 barcos nos EUA desde o início de novembro. O governo fala que a produção de grãos foi recorde, um sucesso, mesmo com um ano “pra lá de miserável”. Ondas de calor, chuva na colheita de trigo de inverno, dois tufões e alagamentos nas principais regiões produtoras de milho. Os preços do milho estão caindo na China, o que dá a impressão de uma grande safra e pressão de venda, mas as compras das estatais não param de crescer.


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