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Por: Guilherme Jacomini
Artigo, Derivados
Publicado em: 20/12/2023 14:24
Nos últimos três anos, o Brasil bateu recorde atrás de recorde de esmagamento de soja, fomentado por alguns fatores geopolíticos, políticas internas e fatores climáticos.
Em 2021 a crise energética que afetou boa parte do mundo aumentou a necessidade de consumo de diesel fóssil, impulsionando o preço do petróleo de 51 dólares para 85 dólares o barril, uma alta de 66% em menos de um ano. Essa alta acabou levando o preço do óleo de soja junto, o que está ligado ao biodiesel, melhorando a margem de esmagamento no Brasil e no mundo.
Este movimento de alta foi culminar em março de 2022 com a invasão da Rússia à Ucrânia, quando o preço do petróleo atingiu a máxima de 2008 em 130 dólares. Além disso, o trânsito de navios pelo Mar Negro paralisou, retirando cerca de 8 milhões de toneladas de óleo de girassol do mercado. Este cenário, juntamente com a quebra da safra brasileira, suportou as margens de esmagamento durante o ano de 2022.
Para 2023, o incentivo ao esmagamento veio através da quebra de safra de soja na Argentina, reduzindo a oferta em mais de 25 milhões de toneladas por lá, suportando o preço do farelo e consequentemente a margem de esmagamento no Brasil e no mundo.