Macro: A quarta-feira é de alta para as bolsas internacionais, em especial as bolsas dos EUA que tem um de seus melhores meses de novembro de sua história. O SP500 acumula alta de mais de 7,4% no mês e o NASDAQ 9,37%. Hoje, teremos na agenda econômica dados de seguro-desemprego e pedidos de bens duráveis. Embora indicadores de boa relevância não devem trazer grande volatilidade para o dia, salvo algo muito fora da curva.

PETRÓLEO -1,84% @ 76,34

CÂMBIO +0,04% @ 4,90

CBOT

Soja: Depois de duas sessões consecutivas de alta, os futuros da soja caem forte na Bolsa de Chicago, diante do otimismo com a melhora das previsões climáticas para o curto prazo no Brasil. Tivemos reportes de chuvas na 163, o que alivia as preocupações com a safra de soja 23/24. Apesar disso, a Agrinvest segue trabalhando com uma safra de 155,4 milhões de toneladas para a soja brasileira, já que as condições de calor e seca por consecutivas semanas, já causaram impacto aos rendimentos, que podem ser irreversíveis.

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Milho: Seguindo a queda da soja, os futuros do milho registram quedas moderadas, apesar da grande venda de milho americano reportada pelo USDA nesta manhã. Segundo o departamento, 128 mil toneladas de milho safra 23/24, foram comercializadas para destinos desconhecidos. Mesmo assim, o ritmo de comercialização do milho americano segue atrasado, especialmente quando avaliamos uma grande oferta promovida pela safra recorde que os EUA acabaram de colher.

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Trigo: O trigo opera em sua segunda sessão consecutiva de alta, após alcançar a mínima de 36 meses novamente na 2ª-feira. Contudo, pela manhã, os ganhos eram mais expressivos. Parte da alta já foi devolvida, com o mercado normalizando o último ataque da Rússia contra a infraestrutura portuária da Ucrânia, já que parece que os danos, não comprometeram a capacidade de escoamento. Embora o trigo da Rússia tenha sinalizado aumentos nos últimos dias, o preço do cereal da região do Mar Negro ainda fica muito descontado em relação aos demais players, limitando uma recuperação mais expressiva nas cotações internacionais.

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SOJA - 21,25 @ 1356,25

ÓLEO -0,45 @ 52,98

MILHO -0,50 @ 488,50

TRIGO +2,00 @ 584,60

MILHO B3: Os futuros do milho negociados na B3 operam em seus maiores patamares desde 23 de junho. As preocupações com o ritmo de plantio da soja, o que deve atrasar a janela de plantio da safrinha 2024, já repercute no mercado há alguns dias. Além de uma previsão de menor potencial produtivo, devido a um plantio fora da janela adequada, muitos produtores comentam redução no pacote tecnológico e redução de área, diante dos riscos. No mercado físico, o farmer selling continua lento, com produtores restringindo as ofertas, mas os compradores ainda não sinalizaram grande preocupação, dado o cenário de estoque abundante de milho proveniente da última colheita da safrinha.

Clima: Os modelos climáticos americano e europeu, continuam divergindo quanto as previsões climáticas de curto prazo. Nos próximos 1-5 dias, o modelo americano apresenta chuvas retornando para a região Centro-Oeste e Sul do Brasil, mas de forma mais esparsa. O modelo europeu por sua vez, é mais otimista com previsões de chuvas também para boa parte do Norte do Brasil, que se confirmadas, seriam muito benéficas para a continuidade do plantio da soja e melhora nas condições das lavouras. Apesar disso, as temperaturas continuam acima da média, mantendo o estresse térmico nas plantas, que já estão impactadas com a seca.