PSF: 05_05_2025
Macro: O dólar sobe nesta tarde, enquanto o Indice Bovespa passa por realização. Nos últimos dias, o dólar recuou forte contra moedas emergentes e os principais índices acionários ao redor do globo, registraram forte alta, com mercado precificando que o FED acabou com suas altas na taxa de juros até final de 2023. Hoje teremos a ata da última reunião da instituição e o mercado vai tentar ver nas entrelinhas do documento quais serão os próximos passos de Powell e sua equipe.
CBOT
Soja: A soja dá continuidade ao movimento de alta do dia anterior, com o clima adverso na América do Sul sendo o principal fundamento neste momento. Os ganhos foram maiores na parte da manhã, mas um movimento de cautela na véspera da divulgação da ata da última reunião do Banco Central dos EUA, fortalece o dólar e enfraquece as commodities negociadas na CBOT. Na China, a produção de suínos continua crescendo a taxas acima do ritmo de crescimento do consumo. Esse é o problema. As margens continuam baixas diante de uma oferta crescente, o que pode levar o ritmo das importações de soja e farelo diminuírem mais pra frente. Porém, o que se nota atualmente, é um aumento na produção e consumo por rações, o que está em linha com o crescimento do abate de animais. Outros acontecimentos recentes também chamam a atenção.
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Milho: O milho está tentando se segurar em níveis positivos nesta 3ª-feira, seguindo a valorização da soja. Nos últimos dias, o milho brasileiro na exportação ficou menos competitivo, mediante a uma apreciação do real contra o dólar e restrição nas vendas por parte do produtor, mas isso não aliviou o cenário para o programa americano de exportação. Isto porque, a Ucrânia continua aumentando sua capacidade de escoamento, conseguindo ofertar milho a preços mais descontados em relação ao Brasil e EUA. Desta forma, as vendas de milho americano continuam fracas, em meio a uma safra com produção recorde, mantendo os preços sem muita força para elevações expressivas.
Trigo: Depois de renovar novamente a mínima de 36 meses no dia anterior, os futuros do trigo sobem na Bolsa de Chicago, por uma rodada de compras de oportunidades, mas sem mudanças nos fundamentos. O mercado global continua pressionado no curto prazo pela ampla oferta de trigo do Mar Negro, associada a uma demanda mais fraca neste período e os EUA ainda se mostrando pouco competitivos no mercado de exportação, mantendo seus estoques elevados. Enquanto isso, aqui no Brasil, os preços do trigo se mantêm em altos patamares, diante do quadro de escassez na oferta de trigo de boa qualidade.
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MILHO B3: Os futuros do milho negociados na B3 operam em seus maiores patamares desde 23 de junho. As preocupações com o ritmo de plantio da soja, o que deve atrasar a janela de plantio da safrinha 2024, já repercute no mercado há alguns dias. Além de uma previsão de menor potencial produtivo, devido a um plantio fora da janela adequada, muitos produtores comentam redução no pacote tecnológico e redução de área, diante dos riscos. No mercado físico, o farmer selling continua lento, com produtores restringindo as ofertas, mas os compradores ainda não sinalizaram grande preocupação, dado o cenário de estoque abundante de milho proveniente da última colheita da safrinha.
Clima: Os modelos continuam mostrando temperaturas muito mais elevadas que o normal para 10 dias. As temperaturas podem ficar até 10 °C acima da média. Os modelos também mostram que as chuvas continuarão mal distribuídas e em menor volume que o normal. A exceção é o Rio Grande do Sul com volumes acima, estado que pode receber até 250 mm a mais que o normal.
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