Dolár Comercial : --
Boi Gordo (B3) : --
IBOVESPA : --
Milho (CBOT) : --
Soja (CBOT) : --
Milho (B3) : --
Algodão (NY) : --
Petróleo : --

Gráficos da semana: Bolsas americanas “pra riba”. Bolsas chinesas “pro fundo”.

Por: Equipe Agrinvest
Gráfico, Macro
Publicado em: 17/11/2023 10:01

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O GRANDE PERDEDOR

Novamente a semana foi muito negativa para o petróleo. A redução das tensões no Oriente Médio e o menor crescimento global voltam a derrubar os preços de energia.

Os PMI industriais desde o Ocidente até o Oriente continuam caindo, um importante driver quando se pensa em consumo de combustíveis. A queda da produção industrial ao longo das cadeias globais não afeta somente o consumo de energia elétrica, mas afeta também o transporte de mercadorias.

Nessa semana os estoques de destilados nos EUA cresceram mais que o esperado, outro indicador de que a demanda começa a sentir os efeitos da alta de juros, redução da liquidez e queda no comércio global.

 


 

RALLY DAS BOLSAS

Essa semana foi muito positiva para as bolsas americanas. O SP500 acumula uma alta de 2,3%, 3ª semana seguida de valorização.

O CPI nos EUA veio abaixo do esperado em outubro, o mercado de trabalho americano mostra mais sinais de redução do apertado, encontro relativamente amigável entre Biden e Xi Jinping em São Francisco e o congresso americano conseguiu aprovar sem muitas discussões uma nova extensão do teto do endividamento.

Somado a esses fatores, os rendimentos dos títulos americanos caíram forte na semana, o que também reforça o sentimento de que o ciclo de aperto monetário pode ter chegado ao fim. Agora investidores estão aumentando as apostas em um 1º corte de juros já em março do próximo ano, dando suporte ao rally das bolsas e também para os títulos americanos – o preço dos bons e o rendimento caminham em direções contrárias.

 


 

A PIOR BOLSA DO MUNDO

As bolsas na China continuam performando muito mal. Nesse início de semana as ações de tecnologia na China estavam subindo, embaladas pelo encontro entre Xi Jinping e Joe Biden. Pontos importantes:

Xi se encontrou pessoalmente com Biden na 4ª-feira (15). O encontro ocorreu em São Francisco, durante o evento de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Os preparativos foram feitos através da comunicação e muitos gestos simbólicos. Alguns exemplos:

1) Militares do Pentágono dizem que não esperam uma invasão da China sobre Taiwan, revertendo totalmente o discurso de que a China já estaria se preparando para uma invasão em um horizonte de tempo de seis anos;

2) Xi se encontrou com ex-colegas da UCLA, mostrando uma personalidade muito mais amena e receptiva. Xi falou a uma plateia, falando sobre a preservação de Pandas e cooperação no assunto ambiental com os EUA;

3) Biden diz que pressionará a China para uma reabertura de conversas no âmbito militar;

4) As estatais chinesas de propaganda utilizaram a figura dos Tigres Voadores, pilotos que defenderam a China contra a invasão do Japão. A mensagem é que “juntos podemos ir mais longe”. Xi comentou que a relação China-EUA precisa de uma nova geração de Tigres voadores, fazendo menção às pessoas que estariam por trás de uma possível nova fase na relação entre os países.

 

Por que tudo isso? Alguns falam que se deve à péssima popularidade de Biden e a ascensão de Trump como candidato Republicano para 2024 – apenas 14% dos americanos dizem que estão melhores com o atual governo, sendo que 33% acreditam que “as políticas de Biden trouxeram muitos estragos à economia”. O que a China teme:

- Tarifas comerciais;

- Mais suporte à Taiwan por parte dos EUA e aliados;

- Mais barreiras ao fornecimento de insumos essenciais para sua corrida tecnológica;

Um desfecho nada esperado: Após o encontro com Xi, Biden declarou a repórteres de que sua visão sobre o líder chinês não mudou, “continua sendo um ditador”. A declaração não pegou nada bem, derrubando novamente as ações na China, em especial de tecnologia.

 


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