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Gráficos da semana: O Rally do farelo e os incentivos na China

Por: Eduardo Vanin
Gráfico, Macro
Publicado em: 27/10/2023 11:28

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ESTÍMULOS

O governo chinês anunciou mudanças quanto à meta de déficit fiscal do governo central. O déficit vai subir de 2% do PIB para 3% do PIB.

Essa mudança deve trazer para o mercado um adicionou de investimento/gasto de até 1 trilhão de iuan.

A finalidade será investimentos em infraestrutura de distribuição e conservação de água, transporte e mobilidade.

A figura mostra o estoque de minério de ferro nos portos chineses e o comportamento dos preços. Veja que o estoque de minério em 105 milhões de toneladas é o menor desde 2016, dando suporte aos preços.


BOLSAS NA CHINA

Em linha com as mudanças de déficit fiscal, as bolsas na China reagiram essa semana. O CSI300 encerrou essa semana com alta de quase 1,5% depois de queda de 4% na semana passada.

Além dos estímulos fiscais, mais empresas estão anunciando planos de recompra de ações. A análise é que as ações estão provavelmente no fundo do poço, sendo que seu valor já teria precificado grande parte dos fundamentos negativos.

Além disso, grandes empresas chinesas reportaram crescimento de lucro no mês de setembro, surpreendendo o mercado, reforçando que provavelmente as ações na China estariam perto do fundo.


O RALLY DO FARELO

Os futuros do farelo na CBOT foram o destaque novamente dessa semana. O farelo dezembro na CBOT encerrou a semana com ganho de $20 por tonelada curta, 4ª semana de alta seguida – alta acumulada de $70 por tonelada curta em três semanas. Os prêmios na Argentina, Brasil e nos EUA têm se mantido firmes, mesmo com o rally na bolsa. O flat price do farelo continua subindo, melhorando as margens de esmagamento. Motivos principais:

- Forte queda no processamento de soja na Argentina. O processamento vem caindo mês a mês esse ano, mas só agora parece que realmente está gerando algum aperto. O processamento de soja de janeiro a setembro caiu 8,2 milhões de toneladas em relação ao ano passado e quase 12 milhões a menos em relação a 2021 – em relação ao ano passado, a redução de produção de farelo chega a 5,8 milhões de toneladas e redução de 1,6 milhão de toneladas de óleo de soja. Como resultado, os programas de exportação do Brasil e dos EUA continuam crescendo, dando suporte aos futuros e aos prêmios. A Argentina só começará a normalizar a oferta de farelo com a entrada da soja do Paraguai em fevereiro;

- O balanço do farelo nos EUA está apertado. O ritmo de crescimento do programa americano de exportação está muito acima do estimado pelo USDA. O programa americano já está 43% acima do ano passado, enquanto o USDA projeta crescimento de apenas 5%. Além disso, consumidores de farelo nos EUA foram pegos no contrapé, esperaram muito para fixar seus frames e agora estão “correndo atrás do mercado”, um clássico Short Squeeze.

 


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